Foto: @PresidenciaCuba
Havana, 06 dezembro (RHC) O presidente Miguel Díaz-Canel afirmou na quinta-feira que "os delegados do Poder Popular são o coração da comunidade. Se eles falham, tudo falha. Se eles empurram, se avança. Se eles estiverem atentos aos sentimentos do povo, pensarem, sentirem e agirem como o povo, o povo avança com eles".
O tema foi o foco do diálogo do 14º episódio do podcast "Da Presidência", que analisou o trabalho incansável e insubstituível dos delegados nos bairros e comunidades.
Uma vez concluídas as assembleias de prestação de contas dos delegados aos seus eleitores no país, muitas experiências foram obtidas, não apenas associadas a reclamações e críticas, mas também a propostas.
Sobre o complexo contexto em que esse processo ocorreu, marcado por dificuldades relacionadas à emergência energética, furacões e o impacto de fortes terremotos no leste de Cuba, comentou o chefe de Estado nos primeiros minutos do programa, para em seguida apresentar aqueles que o acompanharam nesta nova transmissão.
Ana María Gallardo Caso, presidente da Assembleia Municipal de Bejucal, em Mayabeque; Pedro Lizardo Garcés Escalona, presidente do Conselho Popular de Rampa, no distrito de Vedado, na capital, e Yarobis Álvarez Contreras, delegado do Poder Popular em Artemisa, foram os convidados do presidente.
Durante quase uma hora, compartilharam seus pontos de vista sobre como funciona a relação entre população e governo, do distrito ao município, em tempos de crise, e o que mais pode ser feito para fortalecê-la.
Yarobis falou sobre seu compromisso com o povo e o desafio que representa ser delegado. De Artemisa, e por meio de videoconferência, explicou sobre o trabalho articulado em seu distrito eleitoral após a passagem do furacão Rafael.
"Foram momentos muito complexos em que a falta de eletricidade - entre 12 e 20 dias - tornou os dias mais difíceis e o trabalho mais intenso; foi necessário buscar alternativas constantes para acompanhar os eleitores. Esses dias foram uma experiência inesquecível para mim", disse.
Ana María, presidente da Assembleia Municipal, comentou sobre suas experiências nesses dias complexos.
Considerou essencial que a população dê o seu parecer, sua opinião sobre o que pode ou não ser feito.
A esse respeito, o presidente Díaz-Canel comentou que há três momentos principais de participação que devem ser promovidos: o primeiro, quando os moradores possam expressar suas preocupações, suas propostas, seus desejos e até mesmo as prioridades para resolver um problema; em segundo lugar, que os moradores recebam informações sobre o que foi aprovado pela Assembleia e participem implementando o que foi aprovado; e, finalmente, o controle popular.
A pergunta feita pelo chefe de Estado ao presidente do Conselho Popular Rampa: "Você acha que o Poder Popular está sendo usado da melhor forma possível?
A resposta de seu interlocutor foi inequívoca: "Sinceramente, não, presidente".
Acredito, disse, que "ainda há muito potencial a ser explorado, sobretudo na inter-relação dos órgãos da Administração Central do Estado, das entidades administrativas que convergem com a comunidade, e da comunidade também, para alcançar a transformação de suas realidades e avançar na participação popular".
Os convidados consideraram essencial continuar trabalhando na perspectiva de ouvir as pessoas, mesmo quando a solução para os problemas nem sempre está disponível, o que exige um trabalho comunitário mais integrado.
Nos momentos finais do podcast, o Presidente Díaz-Canel refletiu sobre dois elementos fundamentais: vínculo e participação.
"Se nós, dirigentes, trabalharmos ligados ao povo e participando junto com o povo, estaremos fortalecendo algo que Raúl Castro nos pediu para cuidar como a menina dos nossos olhos: a unidade", recordou.
"Ao nos unirmos e participarmos, estamos todos defendendo projetos comuns. Portanto, os desafios são enfrentados de forma comum e as vitórias que alcançamos por meio do que fazemos em comum também pertencem a todos nós. E é isso que dá a unidade", insistiu o presidente.
Em particular, considerou que o processo de prestação de contas foi realizado em todo o país a partir de uma posição honesta e corajosa, porque os tempos são muito difíceis, com muitas insatisfações e momentos muito complexos.
"Mesmo assim, fomos falar honestamente com as pessoas, explicar, pedir a participação, convocar para encontrar soluções comuns para os problemas; essa é uma expressão de respeito à nossa democracia e também de incentivo e nutrição para a participação", explicou.
Disse que "trabalhando desta maneira, buscando o aperfeiçoamento de todo este sistema tão democrático e participativo do Poder Popular, também estamos defendendo o pensamento de Fidel e o pensamento de Raúl, sobre as maneiras em que podemos fazer um governo realmente do povo". (Fonte: ACN)