A voz de Cuba contra o racismo e a discriminação

Editado por Irene Fait
2024-12-11 12:22:20

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Por Isis María Allen

Havana, 11 de dezembro (RHC) Cuba tem desempenhado um papel de destaque na luta pelos direitos dos afrodescendentes em nível das Nações Unidas, afirmou Barbara Reynolds, presidente do grupo de especialistas em pessoas afrodescendentes do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Reynolds participou na terça-feira, em Havana, da comissão que, na Conferência Internacional Década dos Afrodescendentes, foi dedicada ao debate sobre "Organizações globais e regionais em torno da agenda de Durban".

Falando para a imprensa, destacou a contribuição de Cuba para as negociações atuais em favor de uma declaração que promova os direitos dos afrodescendentes, que pode levar anos para ser alcançada, mas "a participação ativa da representação cubana contribui para um progresso significativo", disse.

Anunciou que a Assembleia Geral da ONU está considerando a adoção de uma segunda década para os afrodescendentes porque os resultados esperados não foram alcançados nos últimos dez anos.

"Devemos continuar a combater as políticas racistas, promover questões associadas à racialidade, combater a discriminação em todas as suas formas, na justiça e no desenvolvimento", ressaltou.

A contribuição do sistema das Nações Unidas para a luta contra o racismo e a discriminação foi discutida em um dos painéis na Conferência Internacional sobre a Década dos Afrodescendentes.

De acordo com os dados mais atualizados do Fundo de População das Nações Unidas, mais de 153 milhões de pessoas na América Latina e no Caribe se reconhecem como afrodescendentes, ou seja, uma em cada cinco.

Há países que incluíram regulamentos para combater o racismo e a discriminação, mas ainda há um longo caminho a percorrer para acabar com esse flagelo.

O moderador do painel, Pedro Luis Pedroso, vice-diretor da Direção Geral de Assuntos Multilaterais e Direito Internacional do Ministério das Relações Exteriores de Cuba, falou que os acordos adotados na cidade sul-africana de Durban há mais de vinte anos não foram cumpridos e as manifestações alarmantes de racismo, criminalização social e xenofobia aumentaram em algumas das sociedades mais desenvolvidas.

A Conferência Internacional Havana 2024: Década dos Afrodescendentes, sob o lema "igualdade, equidade e justiça social", reúne, desde a última segunda-feira, entre outros, ativistas, políticos, acadêmicos e artistas de 18 países das Américas, África, Ásia e Europa.



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