Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 14 dezembro (RHC).- O primeiro secretário do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba e presidente da República, Miguel Díaz-Canel, detalhou na sexta-feira, em seu discurso de encerramento da 9ª Sessão Plenária do Comitê Central do Partido Comunista, o cenário de guerra econômica em que a Ilha começa a mostrar sinais positivos de recuperação em indicadores vitais.
O chefe de Estado disse que, depois de analisar as projeções do governo para corrigir distorções e impulsionar a economia, há sinais de recuperação, embora com impacto ainda limitado.
Deu como exemplo a produção de alimentos, um aspecto que, embora não esteja atingindo os níveis desejados, "este ano o comportamento é mais favorável do que em períodos anteriores", afirmou.
Os volumes de plantio em 2024 são os mais altos dos últimos 10 anos, e foram alcançados com limitações acentuadas dos recursos agrícolas.
Em seu discurso, Díaz-Canel mencionou os investimentos que o país está fazendo no Sistema Nacional de Energia Elétrica (SEN), que ajudarão a criar maiores capacidades de geração e um uso otimizado dos combustíveis para a produção de eletricidade.
"O investimento abrange todo o país com a instalação de parques solares, dois dos quais estão sendo instalados com a possibilidade de acumular 100 megawatts cada", explicou.
Díaz-Canel afirmou que a inclusão de Cuba na lista de Estados patrocinadores do terrorismo dificulta e muitas vezes atrasa, por dias e semanas, os pagamentos aos mecanismos financeiros internacionais estabelecidos.
Falou dos atrasos no descarregamento de um navio com gás liquefeito para uso doméstico, que permaneceu em demurrage por mais de 15 dias devido a dificuldades no pagamento dessa mercadoria, um efeito direto sobre as pessoas como resultado de uma medida do governo dos EUA, "algo que é habitual”, observou.
Explicou que o setor não estatal é igualmente afetado e deve buscar mecanismos alternativos, assumir riscos e operar fora dos mecanismos financeiros e contábeis legais.
O presidente cubano insistiu em que o país deve romper sua dependência das importações, assumindo só aquelas que são estritamente necessárias, como matérias-primas e insumos para os processos produtivos. (Fonte: Prensa Latina)