Havana, 30 de outubro (RHC).- A Reunião Técnica de Especialistas e Funcionários para a Prevenção e Enfrentamento ao Ebola debate em Havana as estratégias e ações para enfrentar a epidemia e evitar sua propagação no continente americano.
Do encontro, que conclui nesta sexta-feira, participam mais de 250 representantes de 32 países da região e das organizações Mundial e Pan-americana da Saúde.
Angela Olga Hidalgo, diretora do Sistema de Urgência, Emergências e Cuidados Intensivos do ministério cubano de Saúde Pública, garantiu que até agora não foi registrado no país nenhum caso de ebola, e explicou que os viajantes procedentes das nações afetadas são submetidas a um acompanhamento clínico condizente com os protocolos estabelecidos.
Por sua vez, Valeska de Andrade, consultora da Organização Pan-americana da Saúde, disse que a entidade apoia os países da região na elaboração da documentação técnica que facilite a tomada de decisões e na disponibilidade de meios e equipamentos de proteção.
Ficou clara a necessidade da cooperação internacional para impedir a propagação do vírus. Nesse ponto, Nelson Arboreda, do Centro de Prevenção e Controle de Enfermidades dos EUA, ressaltou a possibilidade de trabalhar junto com os médicos cubanos enviados à África Ocidental.
“Os EUA e Cuba têm muito pessoal médico na área enfrentando essa epidemia, e buscaremos oportunidades de coordenação para otimizar essa resposta internacional”, indicou Arboreda. Ofereceu apoio para examinar em seus laboratórios amostras de pessoas suspeitas de contágio detectadas na região e chamou os governos a contribuir ao esforço internacional para conter a doença.
O encontro regional sobre o ebola foi um dos acordos assumidos na recente Cúpula da ALBA, Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, em Havana.