A pós a visita que realizou nestes dias a Havana o ministro de Relações Exteriores japonês, Fumio Kishida, as relações entre Cuba e o Japão precisam alcançar um nível superior. O diplomata expressou o interesse do seu país de consolidar os nexos bilaterais que no ano passado arribaram aos 400 anos.

Kishida é o primeiro chanceler do país asiático, que viaja a Cuba. Daí que sua visita tenha um conotação especial e signifique, sem dúvidas, um considerável impulso dos vínculos que ainda têm muito potencial em todas as esferas.

Fumio Kishida manteve conversações com o presidente cubano, Raúl Castro, com o líder histórico da Revolução, Fidel Castro e com seu homólogo Bruno Rodríguez. Os temas foram de interesse comum e em especial a disposição da nação asiática de instaurar com a ilha um novo esquema de cooperação “de grandes dimensões”.

O Japão é o quinto sócio comercial de Cuba no continente asiático com um intercâmbio de mais de 84 milhões de dólares anuais, segundo as últimas estadísticas oficiais de 2013.

Junto a Kishida viajou uma ampla delegação de empresários, interessados em participar do processo de investimento, que neste momento está imerso em profundas transformações dentro da atualização do modelo econômico cubano.

Os homens de negócios japoneses participaram dum encontro onde receberam informação sobre as oportunidades de investimento na biotecnologia e nas energias renováveis. Igualmente visitaram a Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel.

Em outubro passado foram estabelecidos comitês de trabalho nas esferas do turismo, investimento e comércio, assim como na biotecnologia e meio ambiente. Ao mesmo tempo se trabalha na criação de um quarto comitê para o setor da energia.

Igualmente, o Japão enviou 87 especialistas a Cuba para cooperar nas áreas de electrificação, irrigação e meio ambiente. Também recebeu 686 bolsistas cubanos para cursos de adestramento.

A visita do chanceler japonês eleva a um nível superior as relações de amizade entre os dois estados, que estão marcadas pela chegada a Cuba em 1614 do samurai Hasekura Tsunenaga, o primeiro japonês que pisou terras cubanas.

(M.J. Arce – 7 de maio de 2015)