Poderes do Estado respaldam mandato legítimo do presidente Maduro na Venezuela

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2019-01-28 12:22:13

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Havana, 25 de janeiro (RHC).- Maikel Moreno, presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, afirmou que esse órgão reconhece Nicolás Maduro como presidente legítimo, e deixou claro que desconsidera todo intento de usurpar as funções do governo para burlar a vontade do povo.

Moreno referiu-se ao autoproclamado chefe de Estado interino, Juan Guaidó, titular da Assembleia Nacional que se encontra suspensa por desacato desde 2016. Advertiu que essa ação e a postura dos EUA e de outros países da região de reconhecê-lo viola os princípios básicos do direito internacional.

As manobras da oposição de direita na Venezuela foram rechaçadas também pelo Conselho Nacional Eleitoral, que as qualificou de vergonhosas e sem legalidade alguma. O CNE chamou a respeitar o voto dos cidadãos que elegeram Maduro e os deputados da Assembleia Constituinte. A titular do Conselho, Tibisay Lucena, sublinhou que os que apostam numa intervenção estrangeira desconhecem a história libertária do povo venezuelano, e frisou que a manobra da direita em torno de Guaidó é ilegal.

Por sua vez, o titular do Conselho Moral Republicano, Tarek William, defendeu a Constituição e a legitimidade do mandato de Maduro, e mostrou-se a favor da convivência e da concórdia.

Nesse contexto, a China reiterou seu rechaço a uma eventual intervenção militar e a todo tipo de ingerência, e ratificou que apoiará os esforços do governo desse país para preservar a estabilidade e a independência. Hua Chunying, porta-voz da Chancelaria, chamou todos os países a cumprirem os princípios da Carta da ONU, especialmente os que têm a ver com as relações internacionais, a não ingerência nos assuntos internos, o respeito à soberania e integridade territorial, e a evitar o uso da força.

Nos EUA, o senador Bernie Sanders, pré-candidato presidencial do partido Democrata em 2016, exigiu do mandatário Donald Trump não intervir na Venezuela. “Devemos aprender as lições do passado, e não participar de mudanças de regime ou apoiar golpes como fizemos no Chile, Guatemala, Brasil e República Dominicana”, apontou Sanders.



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