Polêmica em torno de anotação do assessor de Segurança Nacional dos EUA sobre provável envio de tropas a Colômbia

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2019-01-29 12:06:21

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Havana, 29 de janeiro (RHC).- Meios de imprensa na Colômbia questionaram uma anotação na agenda de John Bolton, assessor de Segurança Nacional dos EUA, sobre o provável envio de tropas norte-americanas a esse país. O texto se referia a um contingente de cinco mil soldados.

A informação se tornou pública porque Bolton, sem perceber, deixou aberta essa página durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca. O assunto foi abordado pelo diário colombiano “El Espectador”, a “Rádio Caracol Nacional” e emissoras de FM. No encontro com os jornalistas, onde estava o assessor do presidente Donald Trump, foram anunciadas novas sanções contra a estatal venezuelana do petróleo PDVSA.

Por sua vez, o chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, garantiu que não sabe o alcance nem o motivo dessa anotação de Bolton. Indicou que continuará conversando com as autoridades dos EUA sobre os demais temas de interesse mútuo e colaborando em assuntos bilaterais, hemisféricos e globais.

Na Venezuela, o presidente Nicolás Maduro denunciou as novas medidas tomadas pelos EUA em seu intento de usurpar a renda da estatal petroleira através do congelamento dos ativos da PDVSA nesse país. Disse que a postura da Casa Branca sempre foi de subestimação, desprezo e agressão, e chamou os cidadãos a estarem cientes desses ataques.

Nesse contexto, o chanceler russo, Serguei Lavrov, reiterou que os EUA e seus aliados buscam abertamente derrubar o governo venezuelano violando todas as normas internacionais. Em Moscou, Lavrov declarou aos jornalistas que essa intenção está explícita nas últimas sanções adotadas, que não só agravam a crise mas também incentivam a oposição a cometer atos ilegais.

Por sua vez, Maria Fernanda Espinosa, presidente da Assembleia Geral da ONU, defendeu o diálogo entre as partes na Venezuela para manter a paz nessa nação. Disse que é preciso evitar uma escalada de tensões e de violência, e chamou a comunidade internacional a propiciar o diálogo.



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