Havana, 20 de fevereiro (RHC).- O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, expressou o apoio da Força Armada Bolivariana ao presidente Nicolás Maduro, ao rejeitar o discurso do chefe de Estado norte-americano, Donald Trump, que chamou a um levante dos militares nesse país.

Falando pela televisão local, Padrino afirmou que o exército venezuelano jamais aceitará ordens de um governo estrangeiro, e garantiu que os que tentam dar um golpe de Estado fracassarão. Sublinhou que as forças armadas estão sob as ordens de Maduro, a quem ratificou lealdade e a disposição de morrer defendendo a Revolução Bolivariana.

Ontem, num comício da Praça Simón Bolívar, em Caracas, o primeiro vice-presidente do PSUV – Partido Socialista Unido da Venezuela, Diosdado Cabello, chamou o povo a se manter mobilizado e unido ante as ameaças golpistas de Washington, e a não cair na guerra psicológica em curso contra o país. Denunciou que a oposição de direita incita à violência, enquanto o governo promove a paz.

Por sua vez, no Twitter, o secretário-geral do Partido Comunista Colombiano, Jaime Caycedo, afirmou que os EUA tencionam invadir a Venezuela desde esse país. Advertiu que a chamada ajuda humanitária provém, na realidade, das bases militares norte-americanas no Caribe, sendo um pretexto arvorado para tentar levar adiante uma intervenção de caráter militar.

O analista colombiano Hernando Avellaneda expressou-se em termos semelhantes e disse que o propósito é gerar um incidente na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela que justifique uma guerra fratricida.

Na semana passada, mais de 700 intelectuais, legisladores, organizações sociais e defensores dos direitos humanos na Colômbia aderiram a um chamamento ao presidente Ivan Duque para que se afaste de uma eventual opção militar contra a nação vizinha.