Havana, 25 de outubro (RHC).- Ao falar na 18ª Cúpula do Movimento dos Países Não Alinhados, nesta sexta-feira no Azerbaijão, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou as sanções unilaterais dos EUA contra sua nação e chamou a respaldar o governo boliviano, encabeçado por Evo Morales, contra quem empreenderam uma campanha para tirá-lo do poder através de um golpe de Estado.

Maduro apontou que Evo, reeleito no domingo passado segundo dados divulgados pelo Tribunal Supremo Eleitoral, enfrenta uma cruzada da oposição que conta com o respaldo da embaixada norte-americana em La Paz. Disse que se trata da mesma estratégia que quiseram aplicar na Venezuela, e exigiu respeito à soberania e independência dos países do Sul.

Na Bolívia, Evo Morales é o virtual ganhador das eleições presidenciais ao ter mais de 40% dos votos e uma vantagem de 10,56% sobre o segundo colocado, o ex-mandatário Carlos Mesa, candidato da Comunidade Cidadã. Só falta por contar 0,1% dos votos emitidos, correspondentes a quatro atas anuladas na localidade amazônica de Beni.

Juan Carlos Guarachi, secretário-executivo da Central Operária Boliviana, chamou a mobilizações pacíficas em todo o país para celebrar a vitória de Evo e defender a democracia. Por sua vez, o chanceler Diego Pary descartou na OEA – Organização de Estados Americanos toda possibilidade de fraude na contagem dos votos.