Havana, 16 de novembro (RHC).- A defensoria do Povo da Bolívia criticou a polícia e as forças armadas por não colaborarem para esclarecer os massacres de Sacaba e Senkata, ocorridos em 2019 em meio à crise gerada por acusações de fraude na reeleição do então presidente Evo Morales, obrigado a renunciar pelo golpe de Estado que instaurou no país um regime de facto.
No ato pelo primeiro aniversário da chacina, a titular da Defensoria, Nadia Cruz, denunciou que alguns segmentos militares dificultam a apuração ao negar-se a entregar a informação requerida, e exigiu do Ministério Público e dos órgãos judiciais acelerarem o processo para estabelecer responsabilidades e ditar sanções. Esses assassinatos não devem ficar impunes, apontou.
Após a saída de Morales, os efetivos da polícia e do exército boliviano reprimiram violentamente as manifestações que exigiam seu retorno ao poder.
Nesse contexto, a presidente imposta, Jeanine Áñez, assinou decreto que isentava de toda responsabilidade penal os agentes de segurança que reprimiram essas ações com saldo de pelo menos 18 mortos.