Havana, 12 de agosto (RHC).- A OMS, Organização Mundial da Saúde, autorizou a aplicação de tratamentos experimentais para tentar conter o surto de ebola no continente africano.
O grupo de especialistas deu luz verde à medida do ponto de vista ético, levando em conta a conjuntura atual, apesar de não estar plenamente provada a eficácia desses medicamentos em seres humanos e ainda não estejam definidos os efeitos colaterais, indica comunicado da entidade.
O soro experimental ZMapp já foi aplicado a dois cidadãos norte-americanos, com bom resultado, porém, o sacerdote espanhol Miguel Pajares, que também recebeu o medicamento, acaba de falecer num hospital de Madri. A OMS não definiu quais seriam os critérios de prioridade para a distribuição dos eventuais remédios ou vacinas contra o ebola, entre outros aspectos.
A vice-diretora geral da organização, Marie-Paule Kieny, informou que os testes clínicos de duas propostas de vacinas começarão em setembro. O vírus foi detectado pela primeira vez em 1976 na África Central. O surto atual começou na Guiné em dezembro passado, e se estendeu a Libéria, Serra Leoa e Nigéria. O último informe da OMS indica que o ebola já matou 1.013 pessoas.