Governo do Brasil alerta diante de possíveis novos atos golpistas

Editado por Irene Fait
2023-01-16 11:30:25

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Brasília, 16 janeiro (RHC).- O governo brasileiro acionou todas as forças de segurança diante de possíveis novos atos golpistas, anunciados por apoiadores radicais de Jair Bolsonaro.

“Há novas convocações para atos no dia 16 de janeiro. Há tentativas de ataque às infraestruturas nacionais”, afirmou na sexta-feira o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

Ele especificou que “este, além de ser um crime contra o Estado Democrático de Direito, é, politicamente falando, um crime contra a sociedade”.

Segundo o jornal O Tempo, embora não acreditem que a suposta manifestação tenha a mesma magnitude de 8 de janeiro, que provocou a falência da sede dos três poderes em Brasília, integrantes do governo mantêm esquema reforçado de segurança na região.

Especifica que, desde os atentados daquele dia, com a intervenção na Segurança Pública do Distrito Federal (DF), o Governo mantém grande número de agentes da Polícia Militar e da Força Nacional na esplanada (avenida onde estão localizados em propriedades públicas).

“Mais uma vez vamos ter que mobilizar milhões e milhões de reais para dar segurança às infraestruturas, aos prédios públicos ameaçados por gente que pode e deve esperar pelas eleições de 2026, quando o novo presidente será eleito democraticamente”, disse Dino.

Segundo o inspetor federal Ricardo Cappelli, a área de inteligência do governo ainda está confirmando a veracidade e possível força das manifestações desta segunda-feira, caso ocorram.

“Essa informação do dia 16, nossa inteligência está verificando se realmente vai se confirmar, porque algumas pessoas tentam criar um ambiente de instabilidade. É também uma guerra psicológica”, alertou.

Cappelli convidou a população do DF a ter confiança, pois “estamos atentos. Não há possibilidade de repetir o que aconteceu no dia 8, chance zero”, concluiu.

Anteriormente, o governo federal detectou uma possível ameaça de novos atos antidemocráticos em 11 de janeiro, mas não se concretizou.

Grupos de extrema-direita insatisfeitos com o resultado das eleições de outubro, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, armaram barracas durante dois meses em frente ao quartel-general do Exército na capital federal.

Estimulado pelo discurso de ódio, o acampamento recorreu à violência e serviu de base para os ataques terroristas de 8 de janeiro ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto, onde fica o Poder Executivo.

Várias linhas de investigação foram abertas nas instituições judiciais para apurar e condenar os autores materiais e intelectuais da tentativa de golpe, marcada a preto na história nacional. (Fonte: Prensa Latina)



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