Havana, 2 de setembro (RHC).- A ONU advertiu que três países africanos afetados pelo surto de ebola – Guiné, Libéria e Serra Leoa – podem sofrer em breve uma escassez de alimentos por causa da redução das importações e do comércio nas fronteiras.
“O acesso à comida se tornou uma preocupação urgente para muitas pessoas”, afirmou Bukar Tijani, representante regional para África da FAO, Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. Muita gente está estocando produtos em meio ao pânico, e isso está levando a uma subida dos preços, principalmente nas cidades e povoados, apontou.
A OMS, Organização Mundial da Saúde, acaba de revelar um novo surto de ebola na República Democrática do Congo. Os casos foram detectados numa localidade a 800 quilômetros de Kinshasa, a capital. Até agora o vírus matou 31 pessoas nesse país.
Nesse contexto, o UNICEF, Fundo da ONU para a Infância, alertou para a interrupção das campanhas de vacinação nos países atingidos pelo ebola. O porta-voz da entidade, Christoph Boulierac, disse que os precários sistemas de saúde estão voltados para o combate à epidemia, e deixaram de atender as enfermidades crônicas e outras doenças perigosas para os menores de idade, como as complicações pulmonares, diarreias e o paludismo, disse o funcionário.
“Podem surgir casos de paralisia infantil ou sarampo porque as campanhas de vacinação estão no ponto morto”, indicou.