Luis Arce
La Paz, 31 de julho (RHC) O presidente da Bolívia, Luis Arce, participará da próxima Cúpula do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), confirmou o ministro das Relações Exteriores, Rogelio Mayta, em uma coletiva de imprensa na segunda-feira.
"Sua presença no fórum do Brics na África do Sul entre 22 e 24 de agosto, a convite do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, colocará a Bolívia de volta no cenário global", disse o ministro das Relações Exteriores.
Mayta informou que, em 12 de junho, Arce enviou uma carta aos cinco líderes do bloco, na qual expressou o desejo da Bolívia de fazer parte do mesmo.
O chefe da diplomacia boliviana esclareceu que esse é um processo complexo e que a presença do Estado Plurinacional no fórum sul-africano não significa adesão imediata.
Acrescentou, no entanto, que o pedido já expresso reflete o desejo da Bolívia de contribuir ativamente para os espaços de diálogo político no mundo, para novas abordagens de integração com soberania.
O chefe da diplomacia boliviana reafirmou que o fortalecimento dos laços com Brics reflete a vontade de diversificar os laços com o mundo inteiro.
O gabinete presidencial da África do Sul anunciou em 19 de julho que a Cúpula de Johanesburgo contará com a presença dos líderes do Brasil, China, Índia e África do Sul; a Rússia será representada por seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.
Essa parceria econômica e comercial intergovernamental informal de cinco países em rápido desenvolvimento está promovendo a meta de desenvolver o diálogo e a cooperação multilateral.
Os Brics representam mais de 20% do produto interno bruto global e 42 pontos percentuais da população mundial.
A possível adesão da Bolívia significaria aumentar a maior reserva de lítio do mundo, com 23 milhões de toneladas do metal, cuja demanda cresce diariamente em meio à transformação energética pela qual a humanidade está passando.
Outros países que manifestaram interesse em fazer parte do grupo são Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Egito, Indonésia, Irã e Turquia. (Fonte: PL)