Chile relembra os 50 anos do golpe militar contra Allende

Editado por Irene Fait
2023-09-11 18:34:09

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Foto: AFP

Havana, 11 setembro (RHC).- O chefe de Estado chileno, Gabriel Boric, discursou nesta segunda-feira no ato de recordação do 50º aniversário do golpe militar do ditador Augusto Pinochet contra o governo democrático de Salvador Allende, em 11 de setembro de 1973.

Durante o evento realizado no Palácio de la Moneda, em Santiago do Chile, Boric disse: "Comemoramos uma data dolorosa que é, sem dúvida, um ponto de inflexão em nossa história, uma história que trouxe morte, sofrimento, perseguição e pobreza à nossa pátria".

Hoje recordam os que defenderam a Constituição e as leis "quando, há 50 anos, o estado de direito estava sendo derrubado pela força dos aviões, tanques e armas, e pela insolência da traição e da sedição".

Boric enfatizou a importância da coexistência democrática baseada na pluralidade e no respeito entre pessoas que pensam de forma diferente.

"Proclamamos com grande convicção que nunca mais a violência substitua o debate democrático em nossa convivência. Hoje dizemos diante do Chile e do mundo: democracia hoje e sempre", ressaltou Boric.

Ele relembrou as vítimas que, desde o primeiro dia do golpe, foram perseguidas por suas ideias, morreram ou foram desaparecidas, ou passaram por prisão, tortura e exílio.

Boric insistiu em que a sociedade chilena tem a responsabilidade de enfrentar o que aconteceu naqueles anos com verdade, justiça e reparação.

O presidente descreveu Allende como um homem de trajetória democrática exemplar, a quem, meio século depois, o mundo continua homenageando.

Os presidentes da Bolívia, Luis Arce; da Colômbia, Gustavo Petro; do México, Andrés Manuel López Obrador; e do Uruguai, Luis Lacalle Pou, participaram da cerimônia.

Também estiveram presentes os ex-presidentes do Chile, Michelle Bachelet e Ricardo Lagos; da Costa Rica, Laura Chinchilla; da Colômbia, Ernesto Samper e Juan Manuel Santos; da Espanha, Felipe González; e do Uruguai, José Mujica.

Um dos convidados especiais mais proeminentes foi Baltasar Garzón, o ex-juiz espanhol que conseguiu fazer com que Pinochet fosse preso em 1998 (Fonte: RT).



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