ONU: Conselho de Segurança deve tomar decisão vital sobre a crise de Gaza

Editado por Irene Fait
2023-12-19 17:23:24

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Foto tomada de Prensa Latina

Havana, 19 de dezembro (RHC) O enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, disse na terça-feira que 2023 será um dos piores anos na história do conflito israelense-palestino.

Ele destacou que a situação em Gaza está se deteriorando a cada dia,  e a entrada de ajuda humanitária enfrenta desafios insuperáveis.

"Em meio a deslocamentos em uma escala inimaginável e hostilidades ativas, o sistema de resposta humanitária está à beira do abismo", disse Wennesland.

O major-general Patrick Gauchat, chefe da Organização de Supervisão da Trégua, reconheceu o impacto das operações e da dinâmica regional após os ataques de 7 de outubro.

Falou que, desde 8 de outubro, houve muitas violações do cessar-fogo ao longo da Linha Azul entre Israel e o Líbano e no Golã, entre Israel e a Síria.

O debate, convocado para segunda-feira e adiado para hoje, concentrou-se na urgência de cessar as hostilidades e na necessidade de mais ajuda humanitária.

Hoje à tarde, o órgão retomará a questão, e espera-se que os membros votem em um projeto de resolução apresentado pelos Emirados Árabes Unidos após longas negociações.

O projeto expressa profunda preocupação com a terrível e rápida deterioração da situação humanitária no enclave e seu grave impacto sobre os civis.

A resolução também exige acesso humanitário total, rápido, seguro e desimpedido à Faixa de Gaza e em toda a sua extensão.

O embaixador e representante permanente da China, Zhang Jun, disse que nenhum país deveria hesitar em apoiar a resolução.

Os civis em Gaza não têm acesso a água, eletricidade e outros itens básicos para a sobrevivência, enquanto os caminhões de ajuda aguardam na fila com suprimentos armazenados no Egito.

Ressaltou que toda a rede de ajuda está "a ponto de parar devido ao bombardeio indiscriminado de Israel, o que é ainda mais preocupante".

Na mesma linha, o representante permanente da Rússia, Vassily Nebenzia, lembrou que 19.000 pessoas morreram em Gaza até agora por causa dos ataques israelenses, 70% mulheres e crianças.

Mohamed Issa Abushahab, embaixador dos Emirados Árabes Unidos, observou que os habitantes de Gaza estão passando por níveis sem precedentes de fome e sede, enquanto os médicos não têm nem mesmo os suprimentos mais básicos.

O dia de hoje é considerado crucial por causa do possível pronunciamento do Conselho de Segurança para uma resolução vinculante.

No entanto, as negociações diplomáticas apontam para uma possível posição negativa dos EUA, que já vetaram duas resoluções do órgão desde o início da crise. (Fonte: Prensa Latina)



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