Foto: Prensa Latina

Buenos Aires, 02 de fevereiro (RHC) A Câmara dos Deputados da Argentina continua na sexta-feira com a análise do pacote de leis apresentado pelo presidente Javier Milei, enquanto as organizações sociais convocaram um terceiro dia de protestos nos arredores do Congresso.

O projeto de lei em debate, chamado Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, inclui aspectos altamente contestados, como a privatização de empresas públicas, a atribuição de funções legislativas ao executivo e o estabelecimento de emergências econômicas, de segurança social, de segurança, de defesa, de tarifas, de energia, de saúde, administrativas e sociais.

Na quinta-feira, dezenas de pessoas, inclusive jornalistas, foram feridas por balas de borracha disparadas pela polícia motorizada durante o segundo dia consecutivo de manifestações contra a chamada Lei Omnibus.

Além disso, a polícia usou cassetetes, gás lacrimogêneo e caminhões de hidrante para retirar os cidadãos das ruas e forçá-los a entrar em praças e subir nas calçadas.

Para esta tarde, está previsto um Festival Cultural e a continuação dos protestos.

De acordo com o jornal Página 12, membros do La Libertad Avanza (LLA) e setores pró-diálogo chegaram a um acordo para reduzir o número de empresas a serem privatizadas, após a eliminação de mais de cem artigos do pacote de leis.

A agência de notícias Télam informou que o governo tem o apoio de 143 legisladores para aprovar a opinião da maioria em geral (38 da LLA, 34 da Unión Cívica Radical, 18 da Hacemos Coalición Federal, 37 da Propuesta Republicana, nove da Innovación, dois da Producción y Trabajo, dois da Buenos Aires Libre, um da Creo, um da Avanza Libertad e um da Unidad Mendocina).