Equador se prepara para um referendo polêmico

Editado por Irene Fait
2024-04-03 16:57:38

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Foto. Prensa Latina

Havana, 03 de abril (RHC) Faltam menos de três semanas para um referendo no Equador, uma iniciativa com a qual o presidente Daniel Noboa pretende reformar a Constituição, mas que é criticada por vários setores.

Em 21 de abril, os equatorianos votarão, entre outras questões, sobre a participação das forças armadas em apoio à polícia contra o crime organizado, a extradição, a possibilidade de estabelecer tribunais constitucionais, o reconhecimento da arbitragem internacional e a implementação de contratos temporários e por hora.

O presidente, que está comandando a luta contra as gangues do crime organizado, também quer reformar o código penal para aumentar os anos de cadeia para os crimes de terrorismo e seu financiamento, tráfico de drogas, crime organizado, assassinato e tráfico de pessoas, entre outros.

Da mesma forma, perguntará sobre a eliminação dos benefícios penitenciários para os condenados por delitos de financiamento do terrorismo, recrutamento de menores para fins criminosos, sequestro para resgate, tráfico de drogas, mineração ilegal, porte ilegal de armas, entre outros crimes.

Diante do aumento da violência no país, com 137 homicídios em um fim de semana, o presidente insistiu que esses acontecimentos visam "tentar enganar os cidadãos para que votem não no referendo".

Durante um ato na cidade de Manta, que contou com a presença de autoridades policiais e militares, Noboa disse que não faria o papel de bobo como os presidentes do passado, que permitiram que a situação atingisse "um nível quase incontrolável".

A campanha para a consulta popular e o referendo, que tem 11 perguntas no total, começa oficialmente em 7 de abril e termina no dia 18 deste mês, de acordo com o calendário do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

As organizações sociais e políticas consideram que o referendo de 60 milhões de dólares de Noboa é enganoso.

A proposta do presidente foi descrita como errática e desnecessária, pois abrange questões que podem ser tratadas na Assembleia Nacional (Parlamento) sem a necessidade de realizar o referendo. (Fonte: Prensa Latina)



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