Cidade do México, 12 de abril (RHC) O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou na sexta-feira em sua habitual coletiva de imprensa o desejo do governo mexicano de que se torne doutrina a decisão da ONU de expulsar qualquer Estado membro que viole o direito internacional, a soberania dos países e suas embaixadas.

O presidente respondeu a perguntas de jornalistas sobre a queixa apresentada na quinta-feira contra o Equador na Corte Internacional de Justiça pelo ataque das forças policiais à embaixada mexicana no país andino no dia 5 de abril.

„Caso isto se repita em qualquer país do mundo, queremos que o caso vá à Assembleia Geral da ONU, seja levado à consideração de todos os membros, votado e, se for decidido que se deve expulsar quem violar os direitos internacionais, o Conselho de Segurança não possa vetá-lo", detalhou Lopez Obrador.

Em sua queixa encaminhada à Haia, o México também solicitou a suspensão do Equador como membro do organismo multilateral até que peça desculpas publicamente reconhecendo as violações do direito internacional, com o objetivo de garantir a reparação dos danos morais infligidos ao Estado e a seus cidadãos.

Na noite de sexta-feira, a polícia equatoriana invadiu a sede diplomática do México em Quito para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, considerado um perseguido político e que havia solicitado asilo e o recebeu do governo mexicano.

Após a invasão da embaixada, como resultado da qual o México rompeu relações diplomáticas com o Equador, países e organizações de todo o mundo expressaram sua rejeição ao ato, considerado uma violação flagrante dos princípios do direito internacional. (Fonte: PL)