Parlatino pede comemorar unidade latino-americana e caribenha

Editado por Irene Fait
2024-06-22 17:44:08

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Cidade do Panamá, 22 de junho (RHC) O Parlamento Latino-Americano, com sede no Panamá desde 2006, celebra neste sábado o Dia da Unidade Latino-Americana e Caribenha, um sonho do libertador Simón Bolívar que buscou expressão no Congresso Anfictiônico de 1826.

O legislativo regional, presidido pelo deputado cubano Rolando González Patrício, instou os parlamentos das nações que compõem esse organismo e as sociedades a comemorar a data, que é altamente representativa das aspirações dos povos da região.

A unidade da América Latina e do Caribe é um dos propósitos fundamentais do fórum legislativo mais antigo da região, que em 2024 comemora 60 anos de trabalho ininterrupto em prol de objetivos como a integração.

O Parlatino teve a iniciativa de celebrar a cada 22 de junho o Dia da Unidade da América Latina e do Caribe em homenagem à instalação do Congresso Anfictiônico do Panamá, um projeto aprovado na XII Assembleia Ordinária realizada na cidade de Buenos Aires, Argentina, de 23 a 27 de agosto de 1988.

Em dezembro daquele ano, o Conselho de Direção do Parlamento Latino-Americano e Caribenho (Parlatino) também decidiu recomendar que a sala que sediou o Congresso Anfictiônico de 1826 - atual Palácio Bolívar da capital, sede do Ministério das Relações Exteriores - fosse declarada Monumento Histórico Latino-Americano.

De acordo com acadêmicos da Universidade do Panamá, como Arturo Guzmán, aquele Congresso tinha o grande objetivo de criar uma confederação de povos ibero-americanos, do México ao Chile e à Argentina, no auge das revoluções de independência hispano-americanas.

Parecia que havia chegado o momento de consolidar e estabelecer bases firmes para as cerca de dez jovens repúblicas que acabavam de nascer, disse, e de uni-las e fortalecê-las, pois os perigos estavam à espreita das nações inexperientes.

Mas à grande capacidade visionária do Libertador se opôs a miopia das oligarquias regionais de grandes proprietários de terras e comerciantes subordinados a capitalistas estrangeiros, o que o levou ao fracasso.

Guzmán advertiu que, com a distância desses eventos, é válido lembrar, exaltar, e aprender lições em um estágio atual em que a fragmentação continua e interesses egoístas e individuais, acima dos nacionais ou regionais, estão emergindo entre os governantes. (PL)



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