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La Paz, 26 de junho (RHC) Cumprindo a ordem do novo chefe do exército, general José Wilson Sánchez, os militares que ocuparam o epicentro político da Bolívia, a Plaza Murillo, se retiraram para seus quartéis.
O presidente Luis Arce empossou os novos comandantes militares na Casa Grande del Pueblo, em meio aos gritos de centenas de pessoas que se reuniram para apoiá-lo na sede do governo.
Como novo comandante geral do exército, nomeou o Major General José Wilson, que em seu primeiro discurso público ordenou que todos os militares retornassem aos seus quartéis.
Da mesma forma, conclamou o general golpista, Juan José Zúñiga, a abandonar sua atitude e evitar que as Forças Armadas da Bolívia fossem manchadas de sangue novamente.
O presidente Luis Arce enfatizou a importância da democracia para o povo boliviano.
"Vamos garantir que a democracia conquistada com o voto do povo boliviano seja respeitada", ressaltou.
Durante todo o capítulo do golpe, Arce estava sereno na Casa Grande del Pueblo e determinado a resistir à tentativa de rebelião militar liderada por Zúñiga.
"Convocamos todos a defender a democracia, e aqui nos mantemos firmes desde a Casa Grande", declarou ao canal estatal Bolivia TV, que transmitiu os eventos ao vivo.
Minutos antes da posse dos novos comandantes, Zúñiga tinha proclamado à imprensa que o exército libertaria Jeanine Áñez, Luis Fernando Camacho e outros golpistas de 2019, aos quais descreveu como "presos políticos".
Da mesma forma, com uso de um palavrão em referência aos testículos, expressou que o exército os tem para recuperar o que ele chamou de "democracia".
Esta intervenção foi precedida por recentes acusações contra planos golpistas da embaixada dos EUA na Bolívia e da chefe do Comando Sul, Laura Richardson, quem ao referir-se uma e outra vez ao lítio, `água e Amazônia boliviana usou o termo "nós temos”. (Fonte: PL)