Foto: Cubadebate.

Buenos Aires, 06 agosto (RHC) O cientista político argentino Atilio Borón denunciou na terça-feira um golpe brando contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, patrocinado pelos Estados Unidos e divulgado pela maioria dos meios de comunicação controlados pela direita.

O objetivo dessa manobra é provocar uma crise política e social, fomentar tumultos, violência e gerar o caos que levaria a uma eventual intervenção de tropas mercenárias contratadas pelo Pentágono para conseguir a desejada mudança de regime que permitiria que a maior reserva mundial de petróleo passasse para as mãos de Washington, advertiu o analista em um artigo publicado no jornal Página 12.

Da mesma forma, considerou que "a participação da oposição nas eleições foi apenas um pretexto para gritar fraude com meses de antecedência e provocar a violência que desencadearam no dia seguinte às eleições, contratando gangues armadas para semear terror e destruição nas ruas".

Na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela condenou o governo dos EUA por ignorar a vontade democrática do povo que reelegeu Maduro com 51,59% dos votos para o mandato de 2025-2031.

Borón enfatizou que a República Bolivariana é uma nação soberana, com instituições sólidas, que "são as únicas com legitimidade para decidir assuntos que dizem respeito ao seu povo sem qualquer tipo de interferência estrangeira".

Em seu artigo, o cientista político argentino questionou aqueles que atacam o sistema eleitoral da Venezuela e alertou sobre o desenvolvimento de uma forte campanha de difamação.

O Grande Pólo Patriótico já apresentou os resultados das eleições. (...) O ataque informático sofrido causou um atraso nos resultados e afetou a transmissão de dados, mas não o conteúdo criptografado das mensagens, respaldado pelos recibos emitidos por cada máquina e assinados pelos mesários e presidentes das mesas eleitorais. É por isso que esse sistema eleitoral é considerado um dos mais confiáveis e transparentes do mundo, disse.

A Mesa de Unidad Democrática (Mesa de Unidade Democrática) de Edmundo González não apresentou os registros eleitorais. O problema é que, de acordo com o próprio site dessa força política, eles têm apenas 9.400 dos 30.24 que compõem o registro eleitoral. Para piorar a situação, muitos são falsos ou inválidos. Em suma: é uma fabricação grosseira de dados que de forma alguma pode apoiar a suposta vitória, acrescentou.