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Santiago do Chile, 05 de setembro (RHC) A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) apresentou na quinta-feira, em sua sede no Chile, o primeiro relatório sobre Políticas de Desenvolvimento Produtivo, como uma contribuição para fortalecer o crescimento inclusivo e sustentável nos países da região.

José Manuel Salazar-Xirinachs, Secretário Executivo da CEPAL, afirmou que essa é uma nova contribuição da agência da ONU em um mundo em transformação acelerada pelas novas tecnologias.

Vivemos, disse o funcionário, em uma região atolada em três armadilhas de desenvolvimento: baixa capacidade de crescimento, alta desigualdade, baixa mobilidade social, e baixo desempenho institucional e de governança.

A América Latina e o Caribe tiveram uma taxa média de crescimento de 0,9 ponto na última década, ainda mais baixa do que os 2% da década perdida dos anos 1980, e nessas condições é difícil criar empregos de qualidade, reduzir a pobreza e financiar o desenvolvimento.

Parte do problema, explicou, é o baixo investimento, mas o motivo mais importante é a pobre produtividade, e deu como exemplo o fato de que na região são necessárias quatro horas de trabalho para gerar o mesmo volume de produção obtido em uma hora nas economias desenvolvidas.

Além disso, micro, pequenas e médias empresas, conhecidas como MPMEs, respondem por 80% do total de empregos na América Latina e no Caribe, mas têm uma capacidade produtiva muito menor do que as grandes instalações.

Isto impacta não apenas sobre a taxa de crescimento nacional, mas também sobre a desigualdade salarial.

O documento apresentado na quinta-feira é composto por cinco capítulos e faz um total de 80 recomendações, propõe 14 diretrizes e sete linhas de ação, inclusive dando importância às diferenças inter-regionais de cada país.

Após a descrição do estudo, da qual também participou Marco Llinás, diretor da divisão de desenvolvimento produtivo da CEPAL, foi realizado um seminário com três mesas redondas com a participação de especialistas, funcionários e representantes do mundo acadêmico. (Fonte: Prensa Latina).