Papa Francisco lamenta o descaso com a paz no Oriente Médio

Editado por Irene Fait
2024-10-07 18:15:48

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Cidade do Vaticano, 07 de outubro (RHC) O papa Francisco lamentou o vergonhoso descaso com a paz no Oriente Médio, um ano depois do início do atual conflito entre Israel e Palestina, durante o qual já morreram mais de 40 mil pessoas em Gaza.

Em carta endereçada aos católicos que vivem nessa região geográfica, o Papa disse que "há um ano, o pavio do ódio foi aceso; não foi extinto, pelo contrário, explodiu em uma espiral de violência", e "parece que poucos estão interessados no que é mais necessário e no que as pessoas querem: diálogo, paz".

Francisco denunciou "a vergonhosa incapacidade da comunidade internacional e dos países mais poderosos de silenciar as armas e pôr fim à tragédia da guerra", de acordo com um comunicado divulgado na segunda-feira pela Sala de Imprensa da Santa Sé.

O bispo de Roma reafirmou que "não me canso de repetir que a guerra é uma derrota, que as armas não constroem o futuro, mas o destroem, que a violência nunca traz a paz. A história prova isso, mas anos e anos de conflito parecem não ter nos ensinado nada.

Falou que, do fundo de seu coração, precisa dizer que está "ao lado de todos os homens e mulheres, de todas as denominações e religiões, que sofrem com a loucura da guerra no Oriente Médio".

Expressou que está com os habitantes torturados e exaustos de Gaza, com aqueles que são forçados a deixar suas casas, suas escolas, seus empregos e a vagar "em busca de um destino para escapar das bombas".

Da mesma forma, acompanha as mães que derramam lágrimas ao ver seus filhos mortos ou feridos e as crianças "que habitam as grandes terras do Oriente Médio, onde as conspirações dos poderosos lhes tiram o direito de brincar".

"Estou com vocês, sedentos de paz e justiça, que não cedem à lógica do mal", e "que têm medo de olhar para cima, porque chove fogo do céu", acrescentou.

O Pontífice acrescentou em sua carta que também está próximo daqueles "que não têm voz, porque se fala muito sobre planos e estratégias, mas pouco sobre a situação concreta daqueles que sofrem a guerra, que os poderosos obrigam os outros a fazer". (Fonte: PL)



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