Foto tomada de Prensa Latina
Havana, 26 de novembro (RHC) O Uruguai está no centro da atenção continental e mundial, após a vitória eleitoral do candidato presidencial da Frente Ampla, Yamandú Orsi.
Mensagens de congratulações chegaram dos presidentes do Brasil, Paraguai, Chile e Colômbia, Cuba, Venezuela, Espanha, França e Rússia, entre muitos outros.
Em nível continental, o triunfo da Frente Ampla é uma vitória do chamado progressismo no continente, após a chegada ao poder do "libertário" Javier Milei, cujo governo felicitou Orsi, que também recebeu uma felicitação, embora mais pessoal, do chefe da Casa Branca, Joe Biden.
Yamandú Orsi disse que tinha sido uma catarata de mensagens, cada uma delas digna de notícia para um país com pouco espaço nas tendências da comunicação continental e das grandes empresas que lidam com informações.
A relativa paz política e cívica que prevalece no país contribui para isso, embora na área de segurança haja cada vez mais atos públicos de violência, que, segundo as autoridades, andam de mãos dadas com o tráfico de drogas e o crime.
Essa é uma questão que tem repercussões dentro e fora do país, que está se tornando cada vez mais um ponto de contrabando de drogas para a Europa.
Mas isso não ofusca a importância do retorno da Frente Ampla ao governo, que perdeu nas eleições de 2019 e que exerceu entre 2005 e 2020 com os presidentes Tabaré Vázquez (dois mandatos) e José Mujica.
É a vez de Orsi, um professor de história que nasceu na zona rural do departamento de Canelones e veio de baixo para assumir a faixa presidencial no primeiro dia de março de 2025.
Sua estreia internacional como presidente eleito será em 6 de março, na cúpula do Mercosul, um evento para o qual foi convidado pelo presidente cessante, Luis Lacalle Pou, que entregará a presidência pro tempore do bloco.
Lá, se reunirá com os presidentes do Brasil, Paraguai, Argentina, Bolívia e José Raúl Molino, do Panamá, cujo país será admitido como membro do grupo.
Em relação à reunião, Orsi disse que promoverá a inserção do Uruguai na economia mundial, mas cuidando da unidade do Mercosul.
A observação marca um afastamento da postura de Lacalle Pou, que está deixando a presidência sem conseguir acordos de livre comércio com nações fora do bloco, especialmente com a China. Sou profundamente integracionista em um mundo que está se fechando, disse Orsi aos repórteres após visitar o ex-presidente José Mujica, na segunda-feira.
“É necessário ter uma boa relação com a região porque em um mês tudo pode mudar, em um mundo que está sentado em um barril de pólvora”, observou. (Fonte: Prensa Latina)
