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Havana, 12 dezembro (RHC) O número de pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) do Brasil subiu para 40, depois de mais três pessoas terem sido acusadas de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
Os novos indiciados são: Aparecido Andrade Portela, ex-militar do Exército e suplente da senadora Tereza Cristina; Reginaldo Vieira de Abreu, ex-chefe de gabinete do general da reserva Mario Fernandes na Secretaria Geral da Presidência, e o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo.
Com os indiciamentos, a investigação sobre a tentativa de golpe passa a contar com 40 réus, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro e os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno.
No relatório da PF enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que atua como relator do caso, o delegado Fabio Shor detalha a atuação dos acusados.
De acordo com a investigação, Portela atuou como intermediário entre o governo de Bolsonaro (2019-2022) e os financiadores das manifestações antidemocráticas no estado do Mato Grosso do Sul, no final de 2022.
Os peritos identificaram uma troca de mensagens de WhatsApp entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor de Bolsonaro, em que Portella, segundo a PF, usou o termo "churrasco" para se referir ao golpe de Estado.
De acordo com as investigações, a tentativa de golpe incluía um plano para assassinar Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A Procuradoria Geral da República recebeu o documento policial enviado pelo Supremo Tribunal Federal.
Há três caminhos que a Procuradoria Geral da República pode seguir com o relatório em mãos: enviar uma denúncia, pedir mais investigações ou arquivá-lo. (Fonte: Prensa Latina)