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Havana, 07 janeiro (RHC) A Justiça Militar do Brasil decidiu enviar ao Supremo Tribunal Federal a investigação em andamento contra quatro coronéis que redigiram uma carta para que o alto comando do Exército aderisse a um golpe de Estado.
Divulgada em novembro de 2022, a missiva dos golpistas pressionava o então comandante do exército, general Freire Gomes, a participar da violenta conspiração.
Intitulado "Carta ao Comandante do Exército dos Oficiais Superiores do Exército Brasileiro", o documento foi assinado por 37 militares e recebido pelo tenente-coronel Mauro Cid, vice-comandante do então presidente Jair Bolsonaro (2019-2022).
O texto fazia considerações sobre o compromisso dos fardados com a legalidade e criticava a atuação do Judiciário durante o processo eleitoral.
Uma investigação do Exército concluiu que 12 coronéis, nove tenentes-coronéis, um major, três tenentes e um sargento participaram da elaboração da carta.
A redação foi realizada por quatro coronéis, dois deles da ativa (Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura) e dois da reserva (Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso).
Todos foram indiciados pelo Exército e pela Polícia Federal (PF).
A PF acusa os oficiais dos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito e participação em organização criminosa. (Fonte: Prensa Latina)