Foto: Prensa Latina
Havana, 08 janeiro (RHC) O governo federal brasileiro relembra o 2º aniversário da invasão e saque das sedes dos Três Poderes em Brasília, que colocou em risco a democracia.
Sob gritos de intervenção militar e rejeição à posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e saquearam os prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo, em 8 de janeiro de 2023.
Os presos pelos episódios violentos foram acusados dos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e dano ao patrimônio declarado.
Nas condenações, impostas até o momento a 310 pessoas, o STF estabeleceu o pagamento de uma multa de R$ 30 milhões (cerca de seis milhões de dólares), dividida entre todos os réus, por danos coletivos.
Fontes oficiais informaram que haverá uma cerimônia no Planalto, onde Lula apresentará obras de arte restauradas que foram danificadas durante os eventos antidemocráticos de 2023.
Haverá também um evento alegórico na Praça dos Três Poderes, organizado pela Frente Brasil Popular. Essa formalidade incluirá a restauração de 21 obras de arte.
Lula realizou uma reunião ministerial em 20 de dezembro e convocou os ministros para o aniversário, pois a data não pode ser esquecida, disse.
E afirmou que convidaria autoridades de outros países para movimentos em defesa da democracia não só no Brasil, mas também no mundo.
Em 2024, o Congresso Nacional realizou um evento chamado Democracia Inquebrantável, que marcou o primeiro calendário da tentativa de golpe.
Durante a comemoração, Lula e o Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes exigiram a punição dos envolvidos na trama.
Segundo Lula, não houve golpe no Brasil em janeiro de 2023, data marcada em preto na história nacional, porque faltou adesão das Forças Armadas e Bolsonaro era um covarde.
Lula falou que o político ultradireitista "não teve coragem de realizar o que havia planejado. Ele ficou aqui no palácio (Planalto) chorando por quase um mês".
Preferiu, ressaltou, "fugir para os Estados Unidos do que fazer o que havia prometido, com a expectativa de que fora do país o golpe pudesse acontecer". (Fonte: Prensa Latina)