Toda tentativa de destruir a Revolução fracassará, afirma chanceler cubano na ONU

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2017-09-22 15:47:47

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Havana, 22 de setembro (RHC).- Toda tentativa de destruir a Revolução fracassará, garantiu o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, em discurso na Assembleia Geral da ONU, nesta sexta-feira. Referiu-se assim à decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de endurecer o bloqueio econômico, comercial e financeiro.

Rodríguez lembrou que em 16 de junho passado Trump anunciou que aplicará um pacote de medidas que significam um recuo nas relações bilaterais, reatadas por seu antecessor na Casa Branca, Barack Obama.

O chanceler cubano apontou que as decisões do governo norte-americano atual satisfazem apenas os interesses de um grupo de origem cubana no sul da Flórida, cada vez mais isolado e minoritário, que teima em castigar Cuba e seu povo por ter decidido defender o direito de ser livre, independente e soberano.

Sublinhou que os dois países podem conviver e colaborar, respeitando as diferenças e promovendo tudo o que beneficie ambas as nações e povos, porém, deixou claro que para isso não deve se esperar que Cuba faça concessões em torno de sua soberania e independência. E tachou de desrespeitosas, ofensivas e ingerencistas as palavras do chefe de Estado norte-americano.

“Recordamos-lhe que os EUA, onde são cometidas violações flagrantes dos direitos humanos que geram profunda preocupação na comunidade internacional, não têm a mais mínima autoridade moral para julgar meu país”, frisou o chanceler cubano em seu discurso na Assembleia Geral da ONU.

“Cuba tem muito do que se orgulhar pelos progressos alcançados, e não tem de receber lições dos EUA nem de ninguém”, apontou.

Mais adiante, chamou a não politizar os presumíveis incidentes que teriam afetado a saúde de funcionários da embaixada dos EUA em Havana. Garantiu que as autoridades cubanas estão levando adiante uma investigação com caráter prioritário por indicação do mais alto nível do governo, e disse que para chegar a um resultado é essencial a colaboração dos EUA.

“Até agora não contam com evidência alguma que confirme as causas nem a origem das afecções à saúde que foram registradas pelos diplomatas norte-americanos e seus familiares”, afirmou o ministro das Relações Exteriores. E sublinhou que Cuba cumpre com rigor e seriedade suas obrigações na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas quanto à proteção da integridade dos funcionários.

“Jamais nosso país perpetrou nem perpetrará ações dessa natureza, nem permitiu nem permitirá que seu território seja utilizado por terceiros com esse propósito”, sublinhou Bruno Rodríguez em seu discurso na ONU, nesta sexta-feira.

 



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