Respaldo a Cuba na ONU contra bloqueio norte-americano

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2019-11-07 13:30:31

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Havana, 7 de novembro (RHC).- Representantes de nações membros da ONU externaram na Assembleia Geral apoio a Cuba em sua luta de quase seis décadas pelo fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA.

No debate da resolução apresentada por Cuba, a Comunidade do Caribe sublinhou que o cerco prejudica o povo cubano e seu desenvolvimento em todos os âmbitos. Em nome do bloco regional, Keisja McGuire afirmou que o bloqueio viola o direito internacional e constitui um anacronismo e uma aberração no mundo atual. Disse que a imposição unilateral de leis extraterritoriais, que atingem terceiros países, contraria o espirito da Carta das Nações Unidas, e sublinhou que o bloqueio viola os princípios do multilateralismo, a soberania e o livre comércio.

O representante do México, Juan Ramón de la Fuente, reiterou o apoio aos cubanos em sua luta pelo fim do cerco de Washington. Destacou que o governo mexicano se opõe à aplicação de leis unilaterais que possam ter efeito extraterritorial, e lamentou a decisão dos EUA de aplicar pela primeira vez o título Três da Lei Helms-Burton, que afeta não só o povo cubano mas também terceiros países.

De la Fuente apontou que o México faz votos pela reabertura do diálogo e da cooperação entre Cuba e os EUA, porque essa seria uma boa oportunidade para que ambas as nações deem impulso a suas prioridades e conversem sobre temas de caráter internacional numa agenda compartilhada.

No debate na Assembleia Geral, o embaixador da Nicarágua, Jaime Hermida, tachou de imoral, ilegal e criminoso o bloqueio norte-americano e denunciou o endurecimento das medidas coercitivas unilaterais aplicadas contra Cuba. Frisou que essas ações tencionam gerar uma mudança de governo na Ilha, violando as normas internacionais e a Carta da ONU.

Por sua vez, o embaixador da Jamaica, Earle Courtenay, assinalou que o cerco é o principal obstáculo ao desenvolvimento econômico de Cuba e à realização plena dos direitos humanos de seus cidadãos.



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