Cuba chama a ações coordenadas contra a pandemia

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2020-07-09 13:10:28

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Havana, 9 de julho (RHC).- Cuba chamou a empreender ações coordenadas para conter a pandemia e reduzir suas sequelas. Ao falar na Jornada de Líderes Mundiais da Cúpula da OIT – Organização Internacional do Trabalho sobre a Covid-19 e o mundo do trabalho, realizada online, o presidente Miguel Díaz-Canel sublinhou que a crise sanitária tem gerado múltiplos problemas econômicos em todos os países, com aumento do desemprego, das desigualdades e da pobreza, e uma deterioração da proteção social.

“Os terríveis impactos e as consequências nefastas da pandemia no mundo todo não se devem somente a este vírus letal. Anos de política neoliberal e de capitalismo selvagem, regidos pelos desígnios do mercado, são a causa mais profunda da grave situação global”, sublinhou o mandatário. Destacou a perda de mais de 300 milhões de empregos, e o fato de um bilhão e 600 milhões de trabalhadores terem em risco seus meios de subsistência.

“O momento é dramaticamente sério e exige ações coordenadas. Nem governos, nem trabalhadores, nem empregadores podemos cruzar os braços. E o empenho colossal ao que devemos nos consagrar impõe encontrar soluções que coloquem os direitos dos trabalhadores como interesse superior”, apontou o presidente cubano. “Também vão precisar de assistência aqueles que geram emprego, especialmente os pequenos e médios produtores”, apontou.

Díaz-Canel denunciou que Cuba, em meio à luta contra a pandemia, sofre o endurecimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, vigente há quase 60 anos. Apesar disso, o governo leva adiante ações para proteger a saúde do povo, a preservação do emprego e a defesa dos direitos trabalhistas para todos, alicerce do projeto social nesta Ilha. Lembrou que para enfrentar a crise, foram aplicadas 36 medidas de caráter laboral, salarial e de seguridade social, entre elas o incentivo ao trabalho a distância, a transferência de trabalhadores a outros postos e a garantia de ingressos a pessoas que tiveram de ficar em casa para cuidar filhos ou idosos.

“Ninguém ficou desamparado. Existem condições para iniciar os processos de recuperação e o caminho rumo à nova normalidade, sobre a base da mais ampla participação do povo no processo de tomada de decisões”, expressou Díaz-Canel. “Nada vale tanto quanto a vida de uma pessoa. Esse é um princípio fundamental da Revolução cubana, sobre o que se ergue nossa cooperação internacional em saúde, educação e tudo o que tiver a ver com a dignidade humana”, frisou o presidente cubano.

Em sua intervenção no encontro online da OIT, reiterou a disposição de Cuba de continuar fortalecendo o multilateralismo, a solidariedade e a colaboração internacional, e o compromisso de proteger os direitos dos trabalhadores e avançar na construção de um mundo mais justo.



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