Havana, 18 de setembro (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel garantiu que Cuba vencerá a pandemia, sem espaço para o desânimo, e também vai superar a crise econômica gerada por esta situação.

“Nossa força radica na unidade que temos em torno à soberania, independência, socialismo, prosperidade e sustentabilidade, ao que não vamos renunciar, a partir de um projeto totalmente cubano, com independência e sem ingerências”, afirmou em reunião online com os governadores de todas as províncias e o intendente do município especial Ilha da Juventude.

Indicou que Cuba tem demonstrado seu compromisso com a construção de um mundo melhor, espelhado na vocação humanista da Revolução. “Temos de ser capazes, com um novo modelo de vida ou com um modelo de vida ajustado, de estar preparados para viver, produzir e continuar avançando, mesmo com a presença da enfermidade”, apontou o mandatário, e sublinhou que o povo tem sido o principal protagonista da batalha contra a Covid-19.

Díaz-Canel referiu-se a um leque de medidas e procedimentos baseados na racionalidade, a ciência e a avaliação de riscos, como o distanciamento físico, o uso das máscaras para evitar o contágio, as ações higiênico-sanitárias, a pesquisa nos bairros para detectar casos positivos e, dentro do possível, evitar lugares fechados e aglomerações.

No encontro, o presidente cubano falou sobre a política hostil dos EUA, cuja máxima expressão é o bloqueio econômico, comercial e financeiro, vigente há quase 60 anos, e mencionou as campanhas de descrédito à Revolução em temas como o racismo, a violência contra a mulher, os direitos humanos e a liberdade religiosa, cujo propósito é gerar divisão no seio da população. Washington também busca cortar as fontes de ingresso do país, e atacar a imagem de artistas e intelectuais, além do papel das brigadas médicas cubanas no exterior.

O mandatário exortou a acelerar a implementação da estratégia nacional para reativar a economia em meio à crise global, transformar a agricultura e o sistema empresarial, aumentar a produção, e encadear a indústria nacional com o investimento estrangeiro e o turismo.

“Não podemos concentrar-nos somente na Covid-19, independentemente do esforço que requer. Devemos ter capacidade para atender a epidemia e as demais problemáticas que temos de enfrentar em nível municipal, provincial e de país”, ressaltou.

Hoje, o doutor Francisco Durán, diretor nacional de Epidemiologia do ministério da Saúde Pública, informou que foram diagnosticados 71 novos casos da Covid-19 em Cuba, para um total de 5.004 desde março passado.

Deles, cinco são “importados”, ou seja, viajantes procedentes do exterior. Havana e Ciego de Ávila continuam sendo as províncias com maior incidência. Também Matanzas e Sancti Spíritus. Nas últimas 24h faleceram dois pacientes que estavam em Unidades de Terapia Intensiva. São 111 os óbitos no país pelo Sars-Cov2.