Foto: Ariel Ley Royero
Havana, 17 de abril (RHC).- Os participantes do 8º Congresso do Partido Comunista de Cuba, aberto ontem em Havana, debatem os temas da agenda em três comissões de trabalho.
A primeira, presidida pelo primeiro-ministro Manuel Marrero, aborda os resultados econômicos e sociais alcançados desde o evento anterior, e a implementação das diretrizes da política econômica e social do Partido e da Revolução.
A segunda, encabeçada pelo segundo-secretário da organização política, José Ramón Machado Ventura, avalia o cumprimento da resolução do 7º Congresso em torno dos objetivos de trabalho da primeira Conferência Nacional.
E a terceira, dirigida pelo presidente Miguel Díaz-Canel, membro do Bureau Político, faz uma análise da política de quadros do Partido, da UJC – União de Jovens Comunistas, das organizações de massas, do Estado e do governo.
Na primeira sessão foi denunciada a guerra cultural e ideológica nas redes digitais. Victor Gaute, chefe do Departamento Ideológico da organização política, afirmou que se trata de uma batalha em tempo real, e sublinhou que a ampliação do acesso à internet em Cuba nos últimos anos fez aumentar o desafio face ao trabalho dos inimigos do processo revolucionário.
Exortou a renovar, reforçar e gestionar a ação nos espaços virtuais para posicionar o ativismo revolucionário. “Estar à ofensiva”, assinalou. E disse que é preciso somar a esta tarefa as organizações de massas e instituições criadas pela Revolução, inclusas as universidades, algumas delas com observatórios que acompanham o que ocorre nas redes sociais.
Nesse enfrentamento os jovens têm um papel protagonista, por seu talento e manejo natural das novas ferramentas da comunicação, indicou Victor Gaute.
Por sua vez, Aylin Álvarez, segunda-secretária da União de Jovens Comunistas, frisou que as novas gerações são a canteira do Partido, e devem ser preparadas para o revezamento.
Também foi analisado o cenário complexo em que vive o país por causa da pandemia e da crise global, agravado pela intensificação do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA há quase seis décadas.
O premiê Manuel Marrero disse que apesar dessa situação, não cessou a busca de soluções aos problemas nem se renunciou aos planos futuros. Ressaltou o Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social até 2030 e o avanço rumo à aplicação das diretrizes, tendo hoje como prioridade o enfrentamento à Covid-19.
