Pas plus de blocus
Havana, 14 de junho (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel destacou o rechaço mundial ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA a Cuba desde o começo da década de 1960, endurecido notavelmente nos últimos tempos apesar da pandemia.
“Nosso agradecimento por acompanhar-nos na defesa legítima de nossos direitos”, indicou no Twitter. “São cotidianas as expressões de apoio desde diversos confins do mundo denunciando o bloqueio atroz e apoiando Cuba”, sublinhou.
Noutra mensagem, disse que foi “belo e comovedor” o gesto de um grupo de irlandeses e cubanos residentes nesse país, que colocaram uma enorme bandeira cubana numa colina visível desde Belfast, com a legenda “UnblockCuba”.
Por seu lado, o ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, denunciou que o governo dos EUA proíbe aos cidadãos desse país se hospedarem em hotéis e casas de alojamento privadas incluídas numa lista negra, embora diga que apoia os empreendedores particulares. Também mantém a suspensão de voos e viagens de cruzeiros a Cuba para barrar o contato povo a povo e minar a economia local.
Na França, o acadêmico e ensaísta Salim Lamrani afirmou que o cerco representa um atentado à soberania e autodeterminação dos povos.
“Essa política de Washington contravém os princípios elementares do direito internacional público”, e tem forte impacto nos setores de saúde e alimentação, apontou. Essa postura carece de legitimidade inclusive em tempos de guerra, assinalou o intelectual.
Por sua vez, o padre sul-africano Michael Lapsley, que teve um papel importante na luta contra o sistema de segregação racial nesse país, condenou o bloqueio e exaltou os esforços desta Ilha para lidar com a pandemia nessas circunstâncias.
Lapsley preside a Sociedade de Amigos de Cuba na Cidade do Cabo, e foi vice-presidente do Conselho de Igrejas da África do Sul.