Assembleia Geral da ONU condena bloqueio dos EUA a Cuba

Editado por Lorena Viñas Rodríguez
2021-06-23 20:58:06

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El mundo está con Cuba.

Havana, 23 de junho (RHC).- A Assembleia Geral da ONU aprovou o projeto de resolução apresentado por Cuba que pede o fim do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA, vigente há seis décadas. O documento teve o apoio de 184 países, dois votaram contra – EUA e Israel -  e três se abstiveram – Colômbia, Ucrânia e Brasil.

Ao falar antes da votação, o ministro cubano das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez, lembrou que o governo norte-americano, em meio à pandemia, assumiu o Sars-Cov2 como instrumento de sua guerra contra esta Ilha.

O ex-presidente Donald Trump aplicou 243 novas medidas coercitivas unilaterais que prejudicaram o turismo e outros setores, próprias de tempo de guerra, como os intentos de impedir a aquisição de combustível em terceiros países e seu transporte à Ilha, e o assédio às transações comerciais e financeiras noutros mercados, além de potenciar as ameaças da Lei Helms-Burton, de marcante teor extraterritorial.

Todas estas medidas se mantêm vigentes, destacou Rodríguez ao sublinhar que o atual mandatário, Joe Biden, não reverteu nenhuma delas, nem sequer a inclusão de Cuba na lista unilateral e arbitrária do Departamento de Estado de países que supostamente não colaboram na luta contra o terrorismo. Indicou que os danos humanos dessa política são incalculáveis na vida das famílias cubanas, porque afetam o setor da saúde impedindo ou dificultando o acesso a remédios e insumos, e atingem as finanças em meio às despesas necessárias para combater a pandemia.

Apesar disso, as autoridades cubanas têm conseguido proteger a população graças ao esforço do pessoal médico, dos cientistas, da indústria biofarmacêutica e o apoio da própria população.

Ressaltou o bom resultado das cinco candidatas vacinais antiCovid-19, delas três aplicadas com sucesso em intervenções sanitárias em grande escala, e reiterou o propósito de imunizar 70% da população até agosto e 100% antes de concluir este ano.

O chanceler cubano informou que de abril de 2019 a dezembro de 2020 o cerco norte-americano deu prejuízos de mais de 9,1 bilhões de dólares ao país, e reiterou que seu propósito é asfixiar a economia e dobrar a resistência da população através das carências e dificuldades cotidianas.

Constitui uma violação massiva dos direitos humanos e um ato de genocídio, e o principal empecilho para o desenvolvimento da nação, sublinhou.

Bruno Rodríguez recordou que todos os países são alvo do caráter extraterritorial do assédio dos EUA, tanto governos quanto empresas e homens de negócios. E ressaltou que documentos semelhantes ao apresentado hoje foram aprovados por esmagadora maioria na Assembleia Geral da ONU em 28 ocasiões anteriores.

Mesmo assim, os sucessivos governos norte-americanos têm feito ouvidos moucos e mantido essa política hostil. O bloqueio asfixia e mata, e deve cessar, afirmou o ministro das Relações Exteriores de Cuba.



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