Presidente Diaz-Canel garante que povos do mundo sempre poderão contar com Cuba

Editado por Irene Fait
2021-09-22 17:09:20

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Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel Bermúdez

Havana, 22 de setembro (RHC).- O presidente Miguel Díaz-Canel garantiu na ONU que os povos do mundo sempre poderão contar com Cuba, e criticou o lento avanço dos acordos globais que um dia foram a esperança dos excluídos e carentes.

Em sua intervenção online na reunião de Alto Nível pelo 20º Aniversário da Declaração e Programa de Ação de Durban sobre a luta contra todas as formas de racismo, discriminação racial, xenofobia e expressões conexas de intolerância, disse que os objetivos traçados não foram alcançados. “Subsiste o racismo estrutural. Prolifera em níveis preocupantes, inclusive nas redes sociais e outras plataformas de comunicação, o discurso de ódio, a intolerância, a xenofobia e a discriminação”, apontou o mandatário cubano.

“Países capitalistas desenvolvidos tentam, com discursos demagógicos, desviar a atenção sobre sua responsabilidade histórica na entronização e persistência desses flagelos e sua dívida com os povos vítimas da escravidão à qual foral submetidos”, indicou Díaz-Canel, e sublinhou que falta disposição política para tornar realidade as promessas espelhadas no documento de Durban.

Ressaltou que a crise gerada pela pandemia da Covid-19 exacerbou as desigualdades estruturais e a exclusão, próprias da injusta ordem econômica prevalecente, que submete o pobre, o afrodescendente e o migrante a todo tipo de discriminação.

Em sua fala, o presidente cubano sublinhou que o povo desta Ilha é uma mescla de raízes africanas, europeias e nativas, dando como resultado um tronco único, vigoroso, com identidade própria, aberto ao mundo e com valores culturais assumidos desde uma ética solidária. Assinalou que com a vitória da Revolução em 1959, começou um processo de transformações radicais que demoliu os alicerces estruturais do racismo no país, e erradicou a discriminação racial institucionalizada até então.

“A apologia do ódio, a promoção da intolerância e as ideias supremacistas sobre bases de origem nacional, religioso ou étnico, e a xenofobia, são alheios à vida política, social e econômica do país”, ressaltou o mandatário. Lembrou que a nova Constituição da República ratificou o reconhecimento e proteção do direito à igualdade, bem como a proibição desse flagelo. E estabelece que todas as pessoas são iguais perante a lei, recebem a mesma proteção e trato das autoridades, e desfrutam os mesmos direitos, liberdades e oportunidades.

Referiu-se ao Plano Nacional contra o Racismo e a Discriminação Racial, aprovado em 2019, e aos milhares de cubanos que apoiaram os movimentos de libertação nacional na África e a luta contra o regime do apartheid, e muitos outros que têm contribuído com sua ajuda solidária, especialmente na área de saúde.

“Os povos do mundo poderão contar sempre com a contribuição de Cuba para que os compromissos que assumimos há 20 anos em Durban se tornem realidade”, afirmou o presidente Miguel Díaz-Canel.



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