O Meio Ambiente em 2022

Editado por Irene Fait
2022-12-26 17:35:54

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Por: Pedro Manuel Otero

Em matéria meio ambiental, 2022 decorreu com altos e baixos em quase todos os indicadores.

Finalizando o ano, o mundo congregava oito bilhões de habitantes quando as mudanças climáticas estão alterando cada vez mais a vida no planeta.

Incêndios florestais e estiagens prolongadas continuam fazendo estragos. As enchentes destroem cidades, as ondas de calor causam mortes no verão e as emissões de gases de efeito estufa estão aumentando.

Ao longo de 2022 se realizaram reuniões e conferências de alto nível. Embora estas não resolvam a essência da crise meio ambiental, pelo menos admitem os problemas e tratam de delinear soluções.

Vários eventos globais aconteceram durante o ano a fim de fomentar o diálogo e influenciar as decisões políticas na abordagem da crise meio ambiental.

Por exemplo, o Marco Mundial da Biodiversidade Pós-2020 que, no começo do mês de dezembro, aprovou na COP15 um plano para conter a extinção de espécies. Igualmente, se realizou a Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, que busca proteger esse ecossistema vital.

As Nações Unidas, com o apoio de organismos nacionais, elaborou em 2022 uma estratégia de médio prazo que engloba sete subprogramas relacionados entre si: Ação pelo Clima, Ação pelos Produtos Químicos e Poluição, Ação pela Natureza, Política Científica, Governança Ambiental, Finanças e Transformações Econômicas e Transformações Digitais.

Igualmente, e esta é uma boa nova, foram adotadas as estratégias seguintes:

Acordo global sobre o clima. Os líderes que participaram da Conferência Mundial sobre o Clima, COP27, no mês de novembro passado, no Egito, aprovaram um sistema de financiamento que permitiria aos países em desenvolvimento terem acesso à ajuda monetária para se adaptar e se recuperar das crises climáticas.

Acordo sobre Proteção de zonas marinhas. Estas constituem espaços do oceano que limitam a atividade humana para preservar as espécies animais e vegetais. Tais reservas são importantes para conter a extinção que vem ocorrendo por causa da mudança climática e de atividades humanas, como a perfuração, a mineração e a navegação.

Roubo do poder tecnológico das plantas. Na medida em que os seres humanos expelem mais dióxido de carbono à atmosfera, as plantas (desde a relva dos prados até as árvores da selva tropical) se encarregam de eliminar esse carbono do ar e de seu armazenamento debaixo da terra. Graças à tecnologia de edição de genes CRISPR, os cientistas estão trabalhando num projeto de pesquisa para tentar piratear a fotossíntese e extrair o carbono do ar de maneira mais eficiente.

Outro acordo é a luta contra o material plástico, polímero que está em todas as partes: água, ar e até no sangue. Daí a importância dos esforços concentrados em frear a quantidade de plástico que chega ao meio ambiente.

Em outros aspectos, os cientistas recomendam novas formas de proteger e restaurar os recifes coralíneos do Havaí.  Segundo uma pesquisa publicada em março, duas espécies comuns de coral podem viver com êxito em temperaturas oceânicas mais cálidas.

Esta adaptação permite pensar que os recifes, que morrem em massa durante as ondas de calor, possam sobreviver à subida das temperaturas.

Em Cuba, a notícia mais relevante em 2022 foi a aprovação de uma nova Lei do Sistema dos Recursos Naturais e o Meio Ambiente.

A lei leva em conta os tratados internacionais e os compromissos assumidos e se nutre dos princípios fundamentais do direito ambiental estampados nas declarações de várias reuniões de cúpula sobre o tema.

A mencionada lei tem por objetivo estabelecer os princípios que norteiam a política ambiental e as normas básicas para regular a gestão ambiental do Estado e as ações dos cidadãos e da sociedade, a fim de proteger o meio ambiente e ajudar a atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável do país.

Em meados do ano, a vice-ministra de Ciências, Tecnologia e Meio Ambiente, Adianes Taboada Zamora, afirmou que Cuba avançou notavelmente em seus compromissos internacionais com o Acordo de Paris  sobre Mudança Climática, a Conferência de Diversidade e Biodiversidade Biológica e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para 2030.

Nestes 12 meses, Cuba continuou se trabalho de proteção de todos os seus ecossistemas e aplicando sua estratégia contra a mudança climática, conhecida como Tarefa Vida, em todas as suas províncias.

Fontes: www.unep.org/www.nationaalgeographic.es/CD/A21



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