Fórum de São Paulo aprova resolução de solidariedade a Cuba
Brasília, 3 julho (RHC).- A 26ª Reunião do Fórum de São Paulo, que passou quatro dias em sessão, aprovou uma resolução de solidariedade com Cuba ante a hostilidade dos Estados Unidos contra a ilha, manifestada no bloqueio.
Em sua decisão, o fórum denunciou a “natureza extraterritorial da aplicação do Título III da Lei Helms-Burton, que constitui o principal obstáculo ao desenvolvimento socioeconômico da nação cubana, um ataque à sua soberania e uma violação flagrante dos princípios do direito internacional”.
Por esse motivo, o mecanismo de articulação de forças e movimentos de esquerda de 27 países da América Latina e do Caribe aprovou “exigir o levantamento incondicional do criminoso e intensificado bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto a Cuba pelo governo dos Estados Unidos há mais de seis décadas”.
Exige a exclusão da ilha da “lista ilegal e espúria de países patrocinadores do terrorismo e rejeita os programas de subversão, desestabilização e guerra midiática contra Cuba”.
A organização também exige em seu texto “a devolução ao povo cubano do território ilegalmente ocupado pela Base Naval de Guantánamo, usurpado por mais de 120 anos pelo governo dos Estados Unidos, violando a soberania da ilha”.
Pede a divulgação da verdade sobre Cuba, em oposição às campanhas de mídia financiadas pela administração dos EUA que sistematicamente difamam e distorcem a realidade cubana e escondem as conquistas da Revolução.
Também pede apoio ao processo revolucionário “baseado nos princípios de solidariedade, justiça social, internacionalismo e unidade de nossos povos”.
A reunião, que realizou sua 26ª edição em Brasília, de 29 de junho a 2 de julho, incentiva o reconhecimento de que, apesar das limitações da ilha devido ao cerco dos EUA, sua “Revolução Socialista, sem recorrer a receitas neoliberais, conseguiu garantir que seu povo desfrutasse de direitos e liberdades fundamentais para o pleno desenvolvimento de todos os cubanos”.
Além disso, Cuba é um exemplo de prática internacionalista constante que contribuiu para o desenvolvimento dos direitos humanos em muitos países do mundo.
Finalmente, o fórum ratifica em sua resolução sua firme solidariedade e compromisso com o Partido Comunista de Cuba, o governo revolucionário e o povo cubano em seus esforços para preservar a soberania e a independência do país e manter inalterável a decisão de construir o socialismo.
Cita o líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, quando disse que “se o inimigo é poderoso em seus recursos, em sua agressão, em sua maldade, nós devemos ser mais poderosos do que ele em nossa dignidade, em nossa força revolucionária, em nossa convicção, em nossa fé, em nossa coragem! (Fonte: Prensa Latina)
