Cuba acelera a bancarização de suas operações

Editado por Irene Fait
2023-08-02 17:34:58

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Foto: Panchito

Havana, 02 ago (RHC) Autoridades do Banco Central de Cuba (BCC) anunciaram nesta quarta-feira um pacote de ações para acelerar a bancarização das operações no país, cujo principal objetivo é reorganizar os fluxos monetários.

Em conferência de imprensa, o vice-presidente do BCC, Alberto Quiñones, informou que as medidas serão implementadas gradualmente a partir de amanhã e que esse processo é realizado sob o princípio de manter a igualdade entre todos os atores econômicos.

Disse que as disposições emitidas pelo banco, que buscam promover o uso de pagamentos eletrônicos, foram publicadas na Gazeta Oficial.

Entre as medidas aprovadas, está o limite máximo de cinco mil pesos cubanos para transações menores dos agentes econômicos e que, no caso de operações superiores a esse valor, devem ser usados canais eletrônicos.

Ele explicou que somente os cartões associados a pensões, contas de poupança, salários e bônus podem ser usados na rede de caixas eletrônicos.

E acrescentou que todas as empresas que vendem bens e serviços terão de incorporar meios eletrônicos de pagamento.

O vice-presidente da BCC garantiu que o princípio revolucionário "é que ninguém ficará desamparado sabendo que nem todos podem acessar esses mecanismos".

Ele enfatizou que as novas disposições "estão acelerando um processo alinhado com os padrões internacionais, já que os pagamentos eletrônicos fazem parte da vida cotidiana dos cidadãos de qualquer país".

Por outro lado, o diretor geral de Operações e Sistemas de Pagamento do BCC, Julio Pérez, comentou que na Ilha há mais de 15 milhões de cartões e que no ano passado 200 milhões de operações bancárias foram realizadas eletronicamente.

Explicou que "o sistema bancário cubano tem a responsabilidade de voltar a ser a entidade unificadora e o eixo principal da organização da economia, e fazemos isso com nosso trabalho diário, com o serviço que prestamos ao nosso povo e às instituições".

Os gerentes especificaram que as entidades listadas na Gazeta Oficial devem depositar seu dinheiro de caixa em sua conta corrente no máximo um dia após a coleta e, no caso de agentes não estatais, o depósito é feito na conta reconhecida para fins fiscais.

Já os saques em dinheiro para o pagamento de salários, subsídios e outros benefícios de previdência social e estudantis devem ser feitos no máximo três dias antes da data estabelecida para o pagamento.

Eles reiteraram que os pagamentos em dinheiro serão mantidos e, nos territórios onde não houver condições para implementar o sistema bancário, será dado um período de seis meses para buscar novas alternativas (Fonte: Prensa Latina).



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