Presidente cubano exorta a produzir mais com nosso próprio esforço, talento e habilidades

Editado por Irene Fait
2023-10-30 11:09:44

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Reunião do Conselho de Ministros. Foto: Estudios Revolución

Havana, 30 de outubro (RHC) O presidente cubano Miguel Díaz-Canel, durante a mais recente reunião do Conselho de Ministros, enfatizou que “devemos produzir mais com nosso próprio esforço, com nosso próprio talento e com nossas próprias capacidades e potencial”.

Embora os efeitos do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo governo dos EUA sejam uma verdade inegável, o presidente Díaz-Canel reconheceu que há muitas potencialidades em diferentes lugares que ainda não estão sendo exploradas e que é essencial promover "a participação popular em todos os processos, portanto, isso se baseia na necessidade de manter um diálogo permanente com nossa população".

O chefe de Estado cubano enumerou as medidas de economia, eficiência energética e ajuste na atividade econômica e social que foram adotadas para lidar com a situação específica que tivemos com o déficit de combustível.

Díaz-Canel exortou os presentes a ouvir atentamente o que as pessoas estão dizendo, a prestar atenção constante às opiniões da população, bem como a escutar e avaliar as propostas feitas pelos economistas, especialistas e acadêmicos quanto a possíveis soluções para a situação atual.

Igualmente, se referiu à maneira pela qual as instituições devem ser responsabilizadas pelo cumprimento de suas funções estatais em todas as áreas, bem como à prioridade de trabalhar de forma organizada a partir do território e eliminar o critério de que as coisas são resolvidas de cima para baixo, porque "resolver os problemas do município e da comunidade resolve os problemas da província e resolve os problemas do país".

Outra questão crucial abordada pelo presidente tem a ver com a necessidade de estimular a produção de bens e a oferta de serviços. Para isso, a primeira coisa a fazer é produzir alimentos, porque "esse é o primeiro bem que deve ser disponibilizado para a população a preços melhores.

Temos terra, temos gente, pode faltar combustível, faltar insumos, mas hoje não temos escolha, temos que produzir alimentos com técnicas agroecológicas, sabendo que a eficiência não será a mesma, mas temos que produzir, argumentou.

Ele reiterou o conceito que já foi apresentado em outras ocasiões de que a principal fonte de alimentos para a população não pode ser "o que o país importa para distribuir com certa equidade ou justiça social, Daí sua insistência em que "a fonte fundamental de alimentos para a população deve ser o que é produzido localmente, e que tudo o mais que o país importa, e que continuará importando, deve ser para mais".

Referindo-se ao setor empresarial, Diaz-Canel  enfatizou: "precisamos que o setor empresarial assuma um compromisso total com o país, que pense como um país, e é claro que isso também exige uma demanda das estruturas de gestão de todas as organizações".

Entre as prioridades de trabalho, se referiu a continuar atendendo situações de vulnerabilidade; atenuar as "desigualdades que temos em nossa sociedade, que nos doem, sua existência vai contra o que a Revolução, do ponto de vista humanista e de justiça social, sempre defendeu”.

No mesmo caminho, enfatizou que se deve continuar dando prioridade à Saúde e à Educação; melhorar o funcionamento dos programas sociais existentes no país; corrigir as medidas que foram implementadas como parte da "Tarefa Ordenamento" e que mostraram que precisam ser modificadas; fortalecer a economia do conhecimento; continuar avançando na luta contra a violência de gênero; melhorar os indicadores do Programa de Atenção Materno-Infantil, a produção de medicamentos, a atenção aos idosos e a recreação para os jovens.

Ao apresentar o relatório sobre o desempenho da economia no final de setembro, o vice-primeiro-ministro e ministro da Economia e Planejamento, Alejandro Gil Fernández, comentou sobre a recuperação gradual do turismo no país.

Até agora, recebemos 1,8 milhão de visitantes, o que representa 75,5% do que era esperado e significa 55% dos que vieram no mesmo período de 2019. Igualmente, destacou que as exportações de serviços de turismo cresceram 46%.

No que diz respeito à produção nacional de alimentos agrícolas, explicou que diminuiu a entrega de arroz, carne bovina, leite fresco e ovos ao balanço nacional, o que tem a ver com problemas subjetivos e objetivos.

Com relação a esses últimos, explicou que estão associados à escassez de insumos e combustível, enquanto os subjetivos têm a ver com questões de produtividade, rendimento e organização.

O Conselho de Ministros aprovou nessa sessão um novo portfólio de oportunidades de investimento estrangeiro no país, que, de acordo com a explicação de Ana Teresita González Fraga, primeira vice-ministra de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, tem 729 projetos.

Nessa atualização, disse, foi dada prioridade aos projetos destinados a abastecer o mercado doméstico de produtos de primeira necessidade e suprimentos para a indústria nacional; e para aumentar os projetos em setores como produção de alimentos, indústria, mineração, transporte e logística, entre outros.

(Extraído do site da Presidência da República).



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