Cuba nega posição dos EUA na ONU

Editado por Irene Fait
2023-11-02 18:24:18

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Havana, 02 de novembro (RHC) O representante permanente de Cuba nas Nações Unidas, Yusnier Romero Fuentes, disse na quinta-feira em Nova York que é um ato de hipocrisia e manipulação dos EUA dizer que querem apoiar a nação caribenha quando ignoraram por mais de três décadas a vontade majoritária da comunidade internacional, que hoje mais uma vez pede a cessação imediata do bloqueio.

Exercendo seu direito de contrarresposta após o posicionamento enganoso e manipulado dos Estados Unidos na Assembleia Geral da ONU, o diplomata argumentou que o bloqueio representa uma violação cruel, sistemática e maciça do direito humanitário, impossível de sustentar nem sequer com as mentiras e os fatos distorcidos usados para justificá-lo.

Romero Fuentes também condenou a cumplicidade dos EUA no massacre perpetrado pelo regime israelense contra a população civil em Gaza e sua constante rejeição a uma solução justa e pacífica para o conflito, o que os torna participantes de outro crime genocida amplamente repudiado pelo mundo.

O representante cubano explicou  que eram falsos os supostos dados apresentados que tentavam demonstrar a existência de relações comerciais e de ajuda humanitária à Ilha, bem como o absurdo de tentar mostrar os Estados Unidos como um dos principais parceiros comerciais de Cuba.

Da mesma forma, enfatizou a dupla moral de insistir na questão dos prisioneiros políticos quando os Estados Unidos mantêm a Base Naval de Guantánamo em território cubano, um centro ilegal de detenção e tortura que ameaça a soberania e a autodeterminação.

"Se o governo dos EUA realmente quisesse ajudar o povo cubano, poderia suspender imediatamente o bloqueio, colaboraria com a cooperação médica internacional, em vez de desacreditá-la, ou retiraria Cuba da lista unilateral de nações patrocinadoras do terrorismo, pois não há nenhuma evidência real para que a tivesse colocado nessa relação", acrescentou Romero Fuentes.

O representante norte-americano na ONU justificou o voto de Washington contra a resolução, que foi apoiada pela grande maioria dos presentes, definindo o bloqueio como uma das principais ferramentas entre os amplos esforços dos EUA para alcançar a democracia e o respeito aos direitos fundamentais em Cuba. (Fonte: ACN)



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