Cuba reafirma interesse em manter relações respeitosas e civilizadas com os EUA

Editado por Irene Fait
2023-11-18 17:09:32

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Havana, 18 novembro (RHC) O ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla, reiterou neste sábado que Cuba tem a vontade de construir uma relação respeitosa e civilizada com o governo dos Estados Unidos, mas falta a este último a vontade política para avançar nessa direção.

Durante 2015 e 2016, e mesmo em 2017, demonstramos essa vontade e também foi constatado que seria possível e mutuamente proveitoso, disse Rodríguez, abrindo a 4ª Conferência A Nação e a Emigração, que decorre até amanhã no Palácio de Convenções da capital, com a presença de cerca de 400 cubanos que vivem no exterior.

Queremos continuar expandindo e aprofundando os laços com diversos setores da sociedade norte-americana, disse o ministro das Relações Exteriores de Cuba. E acrescentou que esse evento permitirá refletir e troca ideias sobre importantes questões nacionais e sobre os laços com os cubanos que vivem no exterior.

O respeito irrestrito pela soberania e independência da Pátria e a vontade comum de continuar fortalecendo e diversificando nossos laços são premissas que compartilhamos, disse ele.

E destacou que os presentes estão cientes de que a Ilha está passando por uma situação econômica complicada, com impactos sociais visíveis que afetam o padrão de vida, os serviços sociais e o bem-estar de nosso povo.

Estamos sofrendo o efeito combinado do extremo endurecimento do bloqueio econômico, comercial e financeiro dos EUA, as consequências da pandemia de Covid-19 e o impacto econômico da crise global e dos conflitos internacionais em andamento, disse Bruno Rodriguez,

E isso está ocorrendo – explicou - em meio a um processo transformacional e revolucionário na economia nacional, com o objetivo de atualizar o sistema socialista, tornando-o mais eficiente e adaptando-o às realidades atuais do país e do mundo.

"É um processo que gera seus próprios atritos e que empreendemos conscientes de sua necessidade e de seus riscos, mas certos de que era inevitável e urgente, disse, acrescentando que também encontramos nossas próprias deficiências, distorções e dificuldades, nas quais estamos trabalhando incansavelmente, sempre pensando no bem-estar do povo", enfatizou.

Deixou claro que o governo cubano está firmemente comprometido em salvaguardar a justiça social e proteger ao máximo a equidade que nos caracteriza. E sublinhou que "estamos convencidos de que encontraremos uma saída para esse cenário tão complexo por meio de nossos próprios esforços".

Ele ressaltou que, no âmbito internacional, Cuba mantém amplas relações com praticamente todos os países, e com boa parte mantém relações de amizade e cooperação, inclusive com aqueles governos que possam ter diferenças políticas ou ideológicas.

Cuba tem um alto prestígio e é reconhecida por suas contribuições em favor da paz, do diálogo e do entendimento, acrescentou, lembrando que no dia 2 do mês passado a Assembleia Geral das Nações Unidas pediu quase unanimemente ao governo dos Estados Unidos que pusesse fim ao bloqueio.

O chanceler cubano disse que o grande desafio da política externa de Cuba continua sendo a hostilidade do governo dos EUA, sua determinação de negar nosso direito à autodeterminação e de dominar nossa nação.

O elemento fundamental e dominante continua sendo o bloqueio, que o chanceler cubano descreveu como um propósito malicioso que foi substancialmente ampliado com a Lei Helms-Burton e, desde 2019, reforçado de uma maneira sem precedentes.

Afirmou que a designação arbitrária de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo acrescentou um efeito extremamente prejudicial com altos custos e limitações nas finanças e no comércio.

"A asfixia causada pelo bloqueio e as medidas extremas dos últimos anos constituem uma violação maciça, flagrante e sistemática dos direitos humanos dos cubanos, continuam sendo o maior obstáculo ao nosso desenvolvimento e têm um impacto direto e determinante nos altos fluxos migratórios", denunciou.

Essa política, disse, é acompanhada por programas de desestabilização e destruição da ordem constitucional que o Congresso dos EUA financia com dezenas de milhões de dólares, o que inclui interferir no processo de transformação da economia cubana, tentando segmentá-la artificialmente e ignorando o fato de que se trata de uma economia única.

Rodríguez expressou seu mais profundo agradecimento aos cubanos residentes no exterior por suas declarações e ajuda fraterna, tantas vezes acompanhadas por esse amplo e universal movimento de solidariedade com Cuba, bem como pelas doações recebidas durante a fase mais crítica da Covid-19. (Fonte: PL)

 



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