Díaz-Canel

Havana, 18 dezembro (RHC) O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, pediu na segunda-feira a aplicação de soluções eficazes, baseadas na resistência criativa, para superar o complexo cenário econômico que o país está vivendo.

Durante os debates da Comissão de Assuntos Econômicos da Assembleia Nacional do Poder Popular, antes do segundo período ordinário de sessões de sua 10ª Legislatura, o chefe de Estado identificou três problemas principais no desenvolvimento nacional, sendo o bloqueio econômico dos EUA o que mais afeta a nação.

Denunciou que o país tem experimentado um bloqueio mais intenso em comparação com os anos anteriores, já que as 243 medidas impostas durante o governo de Donald Trump intensificaram a perseguição financeira e energética contra Cuba.

Diaz-Canel destacou as graves repercussões do cerco, enfatizando que há dificuldades para pagar os navios com alimentos, o que leva a uma distribuição fracionada da cesta básica, agravando as condições econômicas da população.

Recordou que, antes do endurecimento do bloqueio, Cuba contava com fontes de financiamento, fornecimento estável de combustível e acesso ao crédito, o que lhe permitia importar produtos e manter programas sociais.

No entanto, ele enfatizou que, no momento, as remessas e as divisas disponíveis diminuíram.

Nesse sentido, reiterou o compromisso de avançar para o futuro, sem perder de vista a convicção e a determinação necessárias para superar os desafios econômicos atuais.

Devem ser tomadas medidas para enfrentar esses desafios de forma abrangente e considerando os efeitos sobre os diferentes setores da sociedade, especialmente crianças, jovens e idosos.

Em longo prazo, enfatizou, essas medidas ajudarão a colocar a economia em ordem.

Com relação aos erros cometidos na ordem econômica, Díaz-Canel apontou a necessidade de corrigir esses desvios e estabelecer regras adequadas para garantir o desenvolvimento  sustentável nas províncias.

O presidente cubano pediu que os problemas fossem enfrentados com determinação e otimismo, destacando a resistência criativa visível em algumas províncias, como Villa Clara, onde houve progresso na produção de alimentos.

E também mencionou o conceito de economia circular aplicado por algumas micro, pequenas e médias empresas, que fazem uso de resíduos para criar novos produtos. (Fonte: PL)