5ª conferência agrícola entre EUA e Cuba encerra em Havana

Editado por Irene Fait
2024-05-15 10:25:59

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Foto tomada de Prensa Latina

Havana, 15 de maio (RHC) A quinta Conferência Agrícola EUA-Cuba termina hoje com a aspiração de fortalecer os laços entre os produtores dos dois países, apesar das restrições inerentes ao bloqueio de Washington contra a Ilha.

Na sessão de abertura, o congressista norte-americano Rick Crawford falou que esse tipo de reunião constitui um progresso, embora "ainda não estejamos onde gostaríamos de estar".

Temos que continuar nosso diálogo para chegar onde queremos o mais rápido possível, para que possamos resolver os problemas de segurança alimentar, disse o representante republicano do Arkansas.

De acordo com o presidente da empresa de consultoria Focus Cuba, Paul Johnson, a conferência deve servir para ouvir, aprender e retornar com ações concretas necessárias, seja um acordo comercial, seja um compromisso de continuar esses intercâmbios.

O comissário de Agricultura da Louisiana, Michel Strain, também destacou as expectativas favoráveis e lembrou um diálogo recente com o presidente cubano Miguel Díaz-Canel, por ocasião de uma visita a Havana, organizada pela Associação Nacional dos Departamentos de Agricultura dos EUA (Nasda).

É hora – disse - de avançar passo a passo, negociar de boa fé, resolver nossas diferenças, restabelecer o comércio e trabalhar juntos para melhorar nossas relações.

Do lado norte-americano, estiveram presentes empresários e representantes agrícolas de todas as partes do país. Cuba participou com uma delegação de agricultores, cooperativas, membros de micro, pequenas e médias empresas, diretores do Ministério da Agricultura e organizações não governamentais.

O chefe do Grupo Empresarial Agrícola de Cuba, Orlando Linares, descreveu as prioridades da política estatal de segurança alimentar, bem como os danos causados pelo bloqueio econômico, financeiro e comercial mantido pelo governo dos EUA contra essa nação caribenha.

De acordo com as autoridades, o setor agrícola dos EUA tem sido um dos mais ativos e dinâmicos em favor da melhoria das relações bilaterais e do levantamento das medidas coercitivas.

O ativismo dos agricultores foi fundamental para que o Congresso dos EUA aprovasse a Lei de Reforma das Sanções e Melhoria das Exportações em 2000, que permitiu que Cuba comprasse alimentos no país, embora em condições desvantajosas.

Além disso, as discretas quantidades de importações são incomparáveis com os enormes danos do bloqueio às finanças e os efeitos de sua aplicação extraterritorial em terceiros mercados, disse o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodriguez, em um discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas.



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