Combatente pela liberdade e pelos princípios de sua Pátria

Editado por Irene Fait
2024-06-03 10:10:30

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Foto: Estudios Revolución

Havana, 03 de junho (RHC) Em 3 de junho, dia do 93º aniversário do General de Exército Raúl Castro Ruz, quem fora também presidente da República de Cuba (2008-2018) entre outras responsabilidades, os cubanos prestam homenagem ao compatriota que sempre foi, sem descanso, um revolucionário comprovado e consistente, um combatente pela liberdade e pelos princípios da terra onde nasceu, inspirado por profundas convicções e coragem.

Aqui sentimos grande respeito e afeto por Raúl, porque é irmão de sangue e de princípios de Fidel, pois juntos escreveram uma história no início de suas vidas, uma história de trabalho incessante, baseada na ideologia de José Marti, no marxismo-leninismo e na mais querida tradição de luta que começou com os pais fundadores.

Raúl, mais jovem do que Fidel, como o restante de seus irmãos e irmãs, nasceu na aldeia rural de Birán, na antiga província de Oriente, na casa do galego Ángel Castro e da cubana Lina Ruz, em uma época em que tudo parecia estar fluindo muito lentamente, mas em que em Cuba já havia uma ebulição de combate social que levantava ações e bandeiras em várias partes do país.

Muito cedo em sua juventude, Raúl começou a agir em defesa de causas justas, por exemplo, quando liderou uma ação política em oposição ao golpe de Estado de Batista em 10 de março de 1952. Em abril do mesmo ano, estava entre os membros mais destacados de um grupo de estudantes universitários que realizaram um ato simbólico de enterro da Constituição de 1940, que havia sido insultada por Batista.

Da mesma forma, deixou sua marca à frente da Marcha das Tochas realizada em janeiro de 1953 em homenagem ao Centenário de José Marti e, em julho, foi um dos assaltantes do Quartel Moncada, liderado por Fidel, onde se mostrou um líder. Após ser condenado junto com os sobreviventes dessa ação, foi libertado com eles e partiu para o exílio com o Movimento Revolucionário M-26-7, para organizar a expedição do iate Granma.

Sua formação como combatente de linha de frente em operações militares contra a tirania de Batista ocorreu nas montanhas da Sierra Maestra, depois de entrar nas montanhas com um pequeno grupo comandado por Fidel, e logo depois o Exército Rebelde foi criado com grande heroísmo e esforço, com o comando geral em paisagens tão intrincadas.

Mais tarde, foi promovido a Comandante de um Exército Rebelde crescente e cada vez mais notório; em 1958, já tinha a experiência para fundar a 3ª Frente Oriental Frank País, assim como outros líderes rebeldes de sua categoria: Juan Almeida, Che Guevara, Camilo Cienfuegos também estavam cumprindo grandes missões.

Lá, naquelas terras sem justiça, esquecidas por governantes ladrões e saqueadas pelo latifúndio, além de lutar com armas, realizou projetos de medidas organizacionais e até governamentais que favoreceram os habitantes das comunidades camponesas libertadas nas montanhas do norte do Oriente, na Serra Cristal, perto de Mayarí, onde essa força pujante atuava.

Quando a Revolução triunfou em 1959, essas iniciativas puderam ser aplicadas em todo o país, tão exemplar havia sido a experiência com seu profundo impacto humanista, educacional e social.

Raúl foi capaz de harmonizar todos os tipos de tarefas e seu intenso trabalho quando chefiou o Ministério das Forças Armadas Revolucionárias por um longo período, projetando-se para a modernização de sua frente em um país constantemente ameaçado e atacado por um inimigo poderoso e geograficamente muito próximo.

Sua capacidade combativa e sua eficiência foram evidenciadas no gesto solidário e internacionalista de ajuda à independência de Angola, que também culminou com a independência da Namíbia e o fim do apartheid na África.

Ao mesmo tempo, sob sua liderança, os cubanos puderam se preparar para suas próprias tarefas de defesa interna, com consciência e disciplina, e, se necessário, para a Guerra de Todo o Povo. Foi um período extraordinário em que Fidel e Raúl colocaram suas proverbiais almas e estratégias para mobilizar a nação em face dos perigos iminentes decorrentes do colapso do campo socialista.

Suas características pessoais, que refletem uma autoridade conquistada por meio da disciplina e dos princípios mais puros, sua simplicidade, sua dedicação ao trabalho e seu humanismo, o acompanharam tanto em altos cargos militares quanto em sua militância no Partido Comunista de Cuba, do qual foi membro do Bureau Político e quando foi investido como Presidente de Cuba.

Nessa função, ele trabalhou detalhadamente para garantir saltos qualitativos no avanço da linha de continuidade da Revolução, mesmo nos momentos difíceis da partida física de Fidel e de sua esposa Vilma Espín, sua companheira de toda a vida e mãe de seus filhos.

Seu estilo na expansão das relações exteriores do país foi reconhecido. Com firmeza, dignidade e coragem, ele liderou pessoalmente o processo de conversações e negociações que levaram ao restabelecimento das relações diplomáticas com os Estados Unidos.

Da mesma forma, se destaca em seu histórico como estadista sua defesa da integração latino-americana, especialmente quando Cuba ocupou a presidência pro tempore da CELAC. Seu legado mais importante, a defesa da unidade dentro da diversidade, levou à declaração da região como Zona de Paz e contribuiu decisivamente para as conversações de paz na Colômbia. (Fonte: ACN)



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