Cresce rejeição mundial à inclusão de Cuba em lista dos EUA

Editado por Irene Fait
2024-07-10 11:26:29

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Havana, 10 julho (RHC) Perto de cinquenta governos de todo o mundo rejeitaram a inclusão de Cuba na lista do Departamento de Estado de países que patrocinam o terrorismo, anunciou hoje a chancelaria cubana.

Da mesma forma, houve declarações de repúdio de movimentos, organizações, instituições, ativistas e personalidades internacionais, que descrevem a designação como injusta e arbitrária, e denunciam suas consequências para a nação e as famílias cubanas.

Na terça-feira, em uma carta endereçada ao Secretário de Estado Antony Blinken, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos instou o governo de Joe Biden a retirar Cuba da lista e iniciar o caminho do entendimento mútuo.

A Duma russa (câmara baixa da Assembleia Federal) também repudiou a disposição de Washington, que limita os direitos dos cubanos dentro e fora da Ilha e impede qualquer tipo de ajuda humanitária, negócios, investimentos e comércio relacionado à nação e seus cidadãos.

A perseguição das transações financeiras de e para o território cubano, e das relações comerciais, afeta todas as esferas da vida.

A medida coercitiva cria obstáculos adicionais à prestação de assistência humanitária em um momento em que o país está enfrentando escassez de produtos básicos e suprimentos médicos, exacerbada pelo endurecimento da política de bloqueio dos EUA.

Limita ostensivamente ou até mesmo proíbe totalmente o diálogo com artistas, escritores, acadêmicos, ativistas e jornalistas residentes na Ilha.

De um lado, os Estados Unidos mantêm Cuba nessa lista. Do outro, abrigam em seu território grupelhos que organizam, financiam e realizam ações terroristas, com o objetivo de subverter o processo revolucionário em Cuba.

Na segunda-feira passada, o Ministério do Interior revelou detalhes de uma operação  recentemente frustrada, cujo objetivo era realizar ataques contra alvos econômicos, sociais e militares para fins de desestabilização.

Alguns dos envolvidos na organização, planejamento e financiamento dessa ação estão incluídos na lista nacional de pessoas implicadas em atos de terrorismo contra Cuba, entre eles Willy González, chefe da organização paramilitar Nueva Nación Cubana en Armas, com sede na Flórida.

De acordo com o coronel Víctor Álvarez, vice-chefe do Corpo Especializado da Direção Geral de Investigação Criminal do Ministério do Interior, fatos como esse foram relatados repetidamente às autoridades dos EUA sem que nenhuma medida fosse tomada.

De acordo com analistas, a duplicidade de critérios do governo dos Estados Unidos ao lidar com uma questão tão sensível como o terrorismo expõe a verdadeira essência da política aplicada por sucessivas administrações norte-americanas, por mais de seis décadas, para derrubar a Revolução Cubana. (Fonte: Prensa Latina)



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