Sua estrela

Editado por Irene Fait
2024-08-13 10:25:16

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Havana, 13 de agosto (RHC) Talvez seu lugar vital tenha sido sempre no futuro. É por isso que sabia como traçar e abrir o caminho, construir um futuro. Mesmo quando eu achava que havia errado em alguma solução, de acordo com uma percepção ancorada na altura do meu nariz, o tempo, esse sábio juiz, acabava provando que estava certo.

Homens como ele nascem uma vez a cada mil anos. Amado por muitos, respeitado até mesmo por seus inimigos, ele usava o colete de sua moralidade, a vocação de trabalhar para os pobres deste mundo. Ele tinha um magnetismo especial. Era preciso vê-lo na televisão, espantando furacões para que não tocassem sua Ilha, falando sobre o humano e o divino, sempre à frente de seu tempo e à frente da compreensão finita dos meros mortais.

Quando a biotecnologia era uma novidade nos países de primeiro mundo, já apostava em desenvolvê-la nesta faixa de terra que, com uma silhueta singular, fica suspensa no Caribe. Do passado, ele estava salvando seu povo da pior pandemia desta geração.

Era como um pai que sonhava grande para seus filhos. Sabia que a educação e a ciência eram o caminho para uma sociedade melhor. Estava ao alcance de um abraço. Todos os cubanos o sentiam tão próximo, tão caloroso, tão humano.

Às vezes sinto falta dele. Sinto falta do sorriso largo de um homem que sempre sabia ganhar, sua sabedoria, sua capacidade de saber tudo, como um homem enciclopédia do Renascimento.

Nunca teve medo. Ter a certeza em Cinco Palmas de que venceriam a guerra, depois dos contratempos e em meio à incerteza, foi um dos maiores atos de resiliência e coragem de nossa história.

Tornou-se um dos líderes mais importantes de sua época; no entanto, não tinha espaço para o orgulho. Continuava sendo do povo e para o povo.

Sua vida foi tão profunda que ninguém pode deixar de se emocionar com sua obra. Fidel nasceu com uma estrela. Talvez já estivesse predestinado a um lugar eterno.  Por isso não morreu. Como pode morrer, se sua morada sempre esteve no futuro, no espaço imaterial do eterno? (Fonte: Granma)



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