Cuba denuncia o impacto negativo das medidas coercitivas sobre o desenvolvimento

Editado por Irene Fait
2024-08-17 19:43:00

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Nova Délhi, 17 de agosto (RHC) O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, afirmou no sábado que medidas coercitivas, como o bloqueio dos EUA contra a Ilha, são um sério obstáculo para a plena realização do desenvolvimento econômico e social.

Em seu discurso na Terceira Cúpula da Voz do Sul Global, organizada virtualmente pela Índia, o ministro das Relações Exteriores exortou a multiplicar a solidariedade e a cooperação diante da coerção, do unilateralismo e do egoísmo.

Lembrou que seu povo vem sofrendo há mais de 60 anos o impacto grave e negativo de um bloqueio econômico, comercial e financeiro sufocante imposto pelo governo dos EUA, que foi intensificado ao extremo desde 2019.

E destacou que a inclusão arbitrária, fraudulenta e indemonstrável de Cuba na lista unilateral do Departamento de Estado de supostas nações patrocinadoras do terrorismo reforça ainda mais os efeitos dessa política desumana.

Da mesma forma, aproveitou a oportunidade para agradecer à comunidade internacional por suas expressões de solidariedade a Cuba e por rejeitar o sistema de medidas coercitivas unilaterais impostas contra a Ilha.

O ministro das Relações Exteriores também agradeceu o convite para que seu país participasse da terceira Cúpula da Voz do Sul Global, que, afirmou, é um fórum para discutir e canalizar os esforços das nações em desenvolvimento a fim de enfrentar os enormes desafios em meio a um contexto internacional complexo.

Rodríguez destacou que, se realmente esperamos avançar em direção ao desenvolvimento de todos esses países, é imperativo articular uma nova ordem econômica internacional e reformular a atual arquitetura financeira, com base na equidade, igualdade soberana, benefício mútuo e cooperação.

Precisamos implementar já a agenda climática aprovada em nível internacional, de acordo com os princípios de equidade, responsabilidades comuns, mas diferenciadas nas respectivas capacidades, disse.

E acrescentou que enfrentar a mudança climática não deve se tornar um fardo adicional que os países do Sul não possam suportar, portanto, é fundamental nesse esforço um novo apoio à cooperação e ao financiamento dessas nações.

O chefe da diplomacia da Ilha enfatizou que a reivindicação do desenvolvimento pelo Sul faz parte da batalha para salvaguardar a vida no planeta.

Assinalou que esses valores e princípios, junto com a unidade do Sul, marcaram a presidência cubana do Grupo dos 77+ China durante 2023, e evidenciaram a possibilidade de que os países em desenvolvimento se tornem um ator relevante e um interlocutor influente nos interesses dos povos.

Finalmente, o chanceler cubano destacou que a unidade mais a rica diversidade é uma fortaleza das nações do Sul, para que possam recuperar o lugar que lhes corresponde dentro do sistema internacional e, nesse esforço, podem contar com Cuba, enfatizou. (PL)



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