Cuba defende a cooperação regional na regulamentação farmacêutica

Editado por Irene Fait
2024-08-21 17:23:07

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Imagen ilustrativa.

Cidade do México, 21 de agosto (RHC) O ministro da Saúde Pública de Cuba, José Angel Portal Miranda, pediu cooperação regional para superar os desafios complexos e diversos nos campos da saúde e farmacêutico.

Falando na 9ª Conferência Pan-Americana para a Harmonização da Regulamentação Farmacêutica (PARF), o ministro cubano enfatizou que a cooperação é precisamente o que essa rede tem promovido em seus 25 anos de vida. Está comprometida com a missão de garantir o acesso a produtos farmacêuticos eficazes, seguros e de qualidade.

O Ministro Portal Miranda explicou que as experiências dos últimos anos demonstraram amplamente que a humanidade precisa, mais do que nunca, de sistemas de saúde resilientes e robustos que garantam o direito à saúde para todos e o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.

Referindo-se ao sistema de saúde cubano, lembrou que a saúde pública é um direito de todas as pessoas e que é responsabilidade do Estado garantir o acesso, a assistência gratuita e de qualidade dos serviços de atenção, proteção e restabelecimento.

Suas bases nascem na comunidade e são sustentadas por conceitos profundos de solidariedade e cobertura universal, enfatizou, destacando outros pilares, como a gestão da saúde, apoiada pelo acesso a medicamentos inovadores, resultado do desenvolvimento da indústria biofarmacêutica de Cuba.

A empresa BioCubaFarma é responsável pela produção de 62% dos medicamentos usados no sistema nacional de saúde básica, disse.

É a prova do desenvolvimento alcançado pela ciência cubana em mais de seis décadas, o que também permitiu que os laboratórios de nossa indústria produzissem produtos líderes como Jusvinza, um peptídeo imunomodulador; HEBERPROT-P, para o tratamento de úlceras do pé diabético, que evita mais de 78% das amputações.

Cuba também produz CIMAVAX-EGF, uma vacina terapêutica contra o câncer de pulmão, e NIMOTUZUMAB, usado no tratamento de tumores de cabeça e pescoço. Nove das 16 vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunização são produzidas em Cuba e protegem contra 13 doenças.

Vários países de nossa região, inclusive o México, podem atestar a eficácia de muitos desses produtos quando aplicados em suas populações.

Além disso, a vacina cubana contra o pneumococo foi recentemente aprovada e tem se mostrado segura e eficaz.

O ministro considerou importante lembrar que, durante a luta contra a pandemia causada pela Covid-19, Cuba desenvolveu cinco vacinas candidatas, três delas certificadas como vacinas.

Essa conquista possibilitou o lançamento de uma campanha de vacinação sem precedentes, que resultou na imunização de mais de 98% da população cubana com mais de dois anos de idade.

Ressaltou que continua sendo um desafio para seu país manter os resultados e indicadores alcançados no campo da saúde.

Além das consequências devastadoras provocadas pela Covid-19, em Cuba também temos de enfrentar a intensificação do bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelo Governo dos Estados Unidos há mais de 60 anos, ao qual se somou a inclusão arbitrária da nossa nação na lista espúria e unilateral de supostos Estados patrocinadores do terrorismo.

São fatos que acrescentam múltiplas tensões ao funcionamento do Sistema de Saúde e não só colocam obstáculos aos serviços que prestamos ao nosso povo, mas também ao desenvolvimento da indústria biofarmacêutica cubana.

Não obstante, diante das limitações externas, aprendemos que os recursos mais seguros disponíveis para nós serão aqueles que sejamos capazes de produzir nós mesmos, ressaltou o ministro cubano.



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