Cuba: Falta de combustível devido ao bloqueio é a principal causa dos problemas no setor da energia

Editado por Irene Fait
2024-10-21 16:23:41

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Havana, 21 de outubro (RHC) A falta de combustível devido à pressão dos Estados Unidos contra Cuba é a principal causa da falta de eletricidade no país, de acordo com  relato do jornal Granma na segunda-feira.

É uma situação que a Ilha sofre diariamente no setor de energia, insistiu o jornal.

As falhas do Sistema Elétrico Nacional (SEN), após o colapso total da última sexta-feira, devem-se ao enfraquecimento desse sistema, explicou o ministro cubano de Energia e Minas, Vicente de la O Levy, ao comparecer perante a mídia nacional e estrangeira.

Explicou que, em dias anteriores, já haviam ocorrido apagões que duraram muitas horas, afetando mais de mil megawatts (MW), cujo principal motivo foi a falta de combustível para a produção de eletricidade.

Cerca de 900 megawatts (MW) não podem ser produzidos por geração móvel e distribuída devido a essa causa, de modo que a eletricidade é fornecida principalmente por usinas termelétricas e usinas da Energás.

Com relação à primeira interrupção total do sistema, De la O Levy explicou que foi causada por uma pane na termelétrica de Antonio Guiteras, mas qualquer usina poderia ter falhado e teria acontecido a mesma coisa.

Então, como fazer para que torne a funcionar, pergunta o jornal. Nesse sentido, o ministro de Minas e Energia comentou que, após a queda do sistema, a eletricidade precisa ser gerada, porque uma usina termelétrica não liga sozinha.

Existe um protocolo de emergência para isso, com unidades da Energás. É uma operação extremamente complexa, porque há muitas variáveis que têm impacto, disse (além disso, deve haver um equilíbrio entre o consumo e a geração, explicou).

Antes da última interrupção, que ocorreu por volta das 17 horas locais de domingo, uma parte importante do sistema havia sido levantada, já que estavam em linha as unidades das termelétricas de Guiteras e Santa Cruz, as usinas flutuantes de Melones e Regla, e a entrada em operação da usina flutuante e das unidades de Mariel havia começado.

No microssistema central e do leste, a usina de Nuevitas também estava em linha e estava entrando em operação a termelétrica Lidio Ramón Pérez em Felton, Holguín, que era alimentada pelas usinas flutuantes Moa e Nuevitas.

De la O Levy insistiu que a causa da falta de combustível é o brutal cerco econômico, comercial e financeiro imposto pelo bloqueio dos EUA.

Detalhou que os cubanos sofrem com isso diariamente no setor de energia. Os combustíveis são pagos em dinheiro e, muitas vezes, tendo dinheiro nos bancos, não podem fazer transações porque ninguém quer aceitá-las.

Ressaltou que isto foi o que aconteceu com um navio de gás liquefeito de petróleo, que ficou atracado por quase um mês.

O Ministro de Energia e Minas comentou que a situação técnica das usinas termelétricas e da geração distribuída ainda é tensa, devido aos anos de operação e por não poder comprar peças de reposição. As unidades mais novas estão em operação há mais de 35 anos e estão sendo mantidas graças aos esforços dos trabalhadores, concluiu.



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